Washington da Silva Paranhos, Moisés Nonato Quintela Ponte
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John O’Malley SJ, historiador norte-americano, pesquisando o Concílio Vaticano II, chamou a atenção para o fato de que estilo não é questão de adorno da linguagem, mas expressão da verdade mais íntima e mais profunda do sujeito. É o jeito de ser (O’MALLEY, 2014). A sinodalidade é um novo modo de ser Igreja e, portanto, um novo “estilo”: uma Igreja menos autocrática e mais colaborativa, uma Igreja pronta a ouvir e levar em consideração os diferentes pontos de vista, uma Igreja aberta e transparente, menos unilateral nas tomadas de decisão, comprometida com a equidade e trabalhando com pessoas e instituições fora da comunidade católica, uma Igreja que presume a inocência enquanto não se prove a culpa, que se abstenha de juramentos secretos, denúncias anônimas e táticas inquisitoriais. Essa era a proposta de João XXIII para atualizar a Igreja, tal como expressou no discurso programático Gaudet Mater Ecclesia, com que inaugurou o Concílio (...)