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A abordagem decolonial da crítica em Meu país é um corpo que dói
Meu país é um corpo que dói reflete a autoria crítica de Claudete Daflon sendo elaborada além de um estabelecimento enrijecido de sistemas e metodologias. As “leituras-escutas”, talvez consequências de um gesto insubmisso, impelem a autora a uma posição clara no debate contemporâneo sobre a modernidade e a violência de uma conformação geosituada da experiência, do conhecimento e da consciência. Apostando no protagonismo da América Latina e no aprofundamento e reconhecimento de identidades comunitárias culturais, estéticas, linguísticas e étnicas, Daflon questiona a convicção do sistema-mundo na universalidade da humanidade. Justamente o sistema que, segundo pensa, fez e ainda faz da América Latina o palco das “seletividades perversas”.