Juciane de Gregori, Jade Mariam Vaccari, Margarete Almeida Nepomuceno
{"title":"变性恐惧症和死亡政治:当代巴西背景的十字路口","authors":"Juciane de Gregori, Jade Mariam Vaccari, Margarete Almeida Nepomuceno","doi":"10.11606/extraprensa2022.195362","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo evidencia a necropolítica e a transfobia como sistema que relega corpos de pessoas trans negras à subalternidade, retomando quatro assassinatos de caráter transfóbico que ocorreram recentemente no Brasil. Analisa-se essas brutalidades através de reportagens jornalísticas, compreendendo como classe, gênero e sexualidade formam eixos simultâneos de subalternização, que destacam a imensa vulnerabilidade dos corpos trans, bem como a inércia por parte do Estado. Nas dimensões histórico-sociais e nos processos políticos-culturais, compreende-se o vínculo entre necropolítica e transfobia fomentando críticas às estruturas acadêmicas coloniais e eurocêntricas. A transfobia, carregada de violências múltiplas, direciona mecanismos de violação, marcando zonas de disputas que decifram vidas que importam e que não importam ou quais pessoas são consideradas seres humanos e quais não, executando lógicas necropolíticas em corpos negros e sobreposta as “corpas” das travestis e transexuais.","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Transfobia e necropolítica: encruzilhadas do contexto brasileiro contemporâneo\",\"authors\":\"Juciane de Gregori, Jade Mariam Vaccari, Margarete Almeida Nepomuceno\",\"doi\":\"10.11606/extraprensa2022.195362\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo evidencia a necropolítica e a transfobia como sistema que relega corpos de pessoas trans negras à subalternidade, retomando quatro assassinatos de caráter transfóbico que ocorreram recentemente no Brasil. Analisa-se essas brutalidades através de reportagens jornalísticas, compreendendo como classe, gênero e sexualidade formam eixos simultâneos de subalternização, que destacam a imensa vulnerabilidade dos corpos trans, bem como a inércia por parte do Estado. Nas dimensões histórico-sociais e nos processos políticos-culturais, compreende-se o vínculo entre necropolítica e transfobia fomentando críticas às estruturas acadêmicas coloniais e eurocêntricas. A transfobia, carregada de violências múltiplas, direciona mecanismos de violação, marcando zonas de disputas que decifram vidas que importam e que não importam ou quais pessoas são consideradas seres humanos e quais não, executando lógicas necropolíticas em corpos negros e sobreposta as “corpas” das travestis e transexuais.\",\"PeriodicalId\":33876,\"journal\":{\"name\":\"Extraprensa\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-05-31\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Extraprensa\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.195362\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Extraprensa","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.195362","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Transfobia e necropolítica: encruzilhadas do contexto brasileiro contemporâneo
Este artigo evidencia a necropolítica e a transfobia como sistema que relega corpos de pessoas trans negras à subalternidade, retomando quatro assassinatos de caráter transfóbico que ocorreram recentemente no Brasil. Analisa-se essas brutalidades através de reportagens jornalísticas, compreendendo como classe, gênero e sexualidade formam eixos simultâneos de subalternização, que destacam a imensa vulnerabilidade dos corpos trans, bem como a inércia por parte do Estado. Nas dimensões histórico-sociais e nos processos políticos-culturais, compreende-se o vínculo entre necropolítica e transfobia fomentando críticas às estruturas acadêmicas coloniais e eurocêntricas. A transfobia, carregada de violências múltiplas, direciona mecanismos de violação, marcando zonas de disputas que decifram vidas que importam e que não importam ou quais pessoas são consideradas seres humanos e quais não, executando lógicas necropolíticas em corpos negros e sobreposta as “corpas” das travestis e transexuais.