L. Pinheiro, Moema Pires Guimarães, Maria Baía, Maria Eduarda De Carvalho, J. Oliveira-Filho, E. B. Pinto
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Após análise univariada, as variáveis foram incluídas em dois modelos de regressão logística. RESULTADOS: Havia 100 indivíduos, na avaliação inicial 55% eram mulheres, média de idade de 54 ± 13,9 anos, 57% com vida conjugal, 91% com rede de apoio. Tempo médio de AVC foi 36 (16-48) meses, mediana NIHSS 3 (1-5,5), MBI mediana 49 pontos (48-50). Mediana do tempo de TUGT foi 13,8 (11, 3-19) segundos e o desempenho em atividades instrumentais (FAI) foi 20 (12-25). Após um ano de acompanhamento, 60% dos indivíduos avaliados apresentaram QVRS favorável e os preditores identificados foram o nível de funcionalidade nas atividades de vida diária (OR = 1,21 por 1 ponto de aumento no MBI; IC 95% = 1,03-1,42; P = 0,016), território vascular da lesão (OR = 4,98 para circulação posterior vs. anterior; IC 95% = 1,53-16,22; P = 0,008) e tempo desde o início do AVC (OR = 0,98 por mês desde o início do AVC; IC 95% = 0,96-0,99; P = 0,016). 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Preditores de qualidade de vida relacionada à saúde em indivíduos após Acidente Vascular Cerebral (AVC) residentes na comunidade: estudo longitudinal prospectivo
INTRODUÇÃO: Conhecer fatores que contribuem para a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e suas mudanças ao longo do tempo é essencial para compreender a extensão do impacto do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nosso objetivo foi identificar preditores de QVRS em indivíduos residentes na comunidade após AVC. MÉTODOS: Coorte de indivíduos com AVC acompanhados em ambulatório. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados na avaliação inicial e nas seguintes escalas: National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS), Timed Up and Go Test (TUGT), Modified Barthel Index (MBI), Frenchay Activity Index (FAI). A QVRS foi avaliada por meio das dimensões do EuroQol-5 (EQ-5D). Após análise univariada, as variáveis foram incluídas em dois modelos de regressão logística. RESULTADOS: Havia 100 indivíduos, na avaliação inicial 55% eram mulheres, média de idade de 54 ± 13,9 anos, 57% com vida conjugal, 91% com rede de apoio. Tempo médio de AVC foi 36 (16-48) meses, mediana NIHSS 3 (1-5,5), MBI mediana 49 pontos (48-50). Mediana do tempo de TUGT foi 13,8 (11, 3-19) segundos e o desempenho em atividades instrumentais (FAI) foi 20 (12-25). Após um ano de acompanhamento, 60% dos indivíduos avaliados apresentaram QVRS favorável e os preditores identificados foram o nível de funcionalidade nas atividades de vida diária (OR = 1,21 por 1 ponto de aumento no MBI; IC 95% = 1,03-1,42; P = 0,016), território vascular da lesão (OR = 4,98 para circulação posterior vs. anterior; IC 95% = 1,53-16,22; P = 0,008) e tempo desde o início do AVC (OR = 0,98 por mês desde o início do AVC; IC 95% = 0,96-0,99; P = 0,016). CONCLUSÃO: Um maior nível de funcionalidade nas atividades da vida diária, circulação posterior do território vascular e um menor tempo desde o início do AVC na avaliação inicial foram os preditores de uma QVRS favorável.