Joelma Gomes da Silva, Dimas Anaximandro da Rocha Morgan, J. Alchieri, H. Medeiros, M. Knackfuss
{"title":"人类免疫缺陷病毒和获得性免疫缺陷综合征患者的疼痛水平与社会人口统计学和临床变量相关","authors":"Joelma Gomes da Silva, Dimas Anaximandro da Rocha Morgan, J. Alchieri, H. Medeiros, M. Knackfuss","doi":"10.5935/1806-0013.20170012","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor e um sintoma comum em pessoas que vivem com a sindrome da imunodeficiencia adquirida, sendo bastante subnotificada e nao tratada. Por esse motivo, existe a necessidade de estudos que discutam a tematica na tentativa de esclarecer os fatores envolvidos nesse processo e buscar tratamentos adequados e eficazes. Dentro dessa perspectiva, o objetivo deste estudo foi relacionar o nivel de dor em pessoas que vivem com o virus da imunodeficiencia humana, com variaveis socio-demograficas e clinicas. METODOS: Pesquisa descritiva com carater transversal, com 261 individuos vivendo com o virus da imunodeficiencia humana. Foi aplicada a escala analogica visual para a intensidade da dor e entrevista semiestruturada como anamnese. RESULTADOS: Foi encontrado um total de 47,5% individuos referindo dor leve/sem dor; 24,1% com dor moderada e 28,4% com dor intensa. Foi encontrada relacao significativa entre a dor e o sexo (p=0,02), estado de saude (p=0,001), percepcao da saude, quanto a se sentir doente ou nao (p=0,001) e o estagio da infeccao (p=0,005). A dor foi caracterizada em lancinante (69%), perfurante (55%) e em queimacao (41%), sendo encontrada relacao significativa entre essas variaveis (p<0,001). Foi possivel encontrar tambem uma associacao significativa com relacao a intensidade da dor (p<0,001) e o tempo (p<0,001). Quando aplicado o modelo de regressao logistica, o fato de ser mulher representou um risco de 7,256 (p<0,001) para a dor moderada e de 5,329 (p<0,004) para dor intensa. Com relacao a idade, as faixas etarias de 21 a 30 anos (0,073; p<0,046), 41 a 50 anos (0,068; p<0,023) e 51 a 60 anos (0,063; p<0,030), apresentaram-se como fator de protecao para a presenca de dor moderada. Com relacao ao estado de saude, esta variavel apresentou-se como fator de risco para a presenca de dor moderada (8,13; p<0,038) e intensa (11,73; p<0,005). CONCLUSAO: A dor foi um sintoma prevalente entre as pessoas que vivem com o virus da imunodeficiencia humana.","PeriodicalId":30846,"journal":{"name":"Revista Dor","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2017-03-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":"{\"title\":\"Pain level associated to socio-demographic and clinical variables in people living with human immunodeficiency virus and acquired immunodeficiency syndrome\",\"authors\":\"Joelma Gomes da Silva, Dimas Anaximandro da Rocha Morgan, J. Alchieri, H. Medeiros, M. 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Pain level associated to socio-demographic and clinical variables in people living with human immunodeficiency virus and acquired immunodeficiency syndrome
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor e um sintoma comum em pessoas que vivem com a sindrome da imunodeficiencia adquirida, sendo bastante subnotificada e nao tratada. Por esse motivo, existe a necessidade de estudos que discutam a tematica na tentativa de esclarecer os fatores envolvidos nesse processo e buscar tratamentos adequados e eficazes. Dentro dessa perspectiva, o objetivo deste estudo foi relacionar o nivel de dor em pessoas que vivem com o virus da imunodeficiencia humana, com variaveis socio-demograficas e clinicas. METODOS: Pesquisa descritiva com carater transversal, com 261 individuos vivendo com o virus da imunodeficiencia humana. Foi aplicada a escala analogica visual para a intensidade da dor e entrevista semiestruturada como anamnese. RESULTADOS: Foi encontrado um total de 47,5% individuos referindo dor leve/sem dor; 24,1% com dor moderada e 28,4% com dor intensa. Foi encontrada relacao significativa entre a dor e o sexo (p=0,02), estado de saude (p=0,001), percepcao da saude, quanto a se sentir doente ou nao (p=0,001) e o estagio da infeccao (p=0,005). A dor foi caracterizada em lancinante (69%), perfurante (55%) e em queimacao (41%), sendo encontrada relacao significativa entre essas variaveis (p<0,001). Foi possivel encontrar tambem uma associacao significativa com relacao a intensidade da dor (p<0,001) e o tempo (p<0,001). Quando aplicado o modelo de regressao logistica, o fato de ser mulher representou um risco de 7,256 (p<0,001) para a dor moderada e de 5,329 (p<0,004) para dor intensa. Com relacao a idade, as faixas etarias de 21 a 30 anos (0,073; p<0,046), 41 a 50 anos (0,068; p<0,023) e 51 a 60 anos (0,063; p<0,030), apresentaram-se como fator de protecao para a presenca de dor moderada. Com relacao ao estado de saude, esta variavel apresentou-se como fator de risco para a presenca de dor moderada (8,13; p<0,038) e intensa (11,73; p<0,005). CONCLUSAO: A dor foi um sintoma prevalente entre as pessoas que vivem com o virus da imunodeficiencia humana.