Luis Fernando Herbert Massoni, Luziane Graciano Martins, Luciano Victória Del Sent
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O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o conceito de sociedade do espetáculo, de Guy Debord, perante a disseminação de fake news, a fim de identificar as mazelas que esse fenômeno causa ao Direito à Informação. A edição e manipulação de imagens as transforma e midiatiza como representação invertida da realidade social, tornando a sociedade uma espectadora de si, que contempla o mundo idealizado pelas mídias. O indivíduo, por meio das mídias sociais, promove a disseminação de informações falsas, representando um contexto social espetacular. Assim, questiona-se: como o Direito à Informação pode auxiliar nas reflexões sobre fake news e desinformação? Este estudo realiza uma revisão de literatura focada nas características da desinformação, das fake news e da sociedade do espetáculo. Compreende-se que a sociedade do espetáculo torna-se retroalimentadora da própria “realidade falsa”, induzida a tal ato pelas corporações midiáticas, que detêm o poder informacional de relevância social, sedentas, ainda, por centralizar e limitar o acesso às informações, bem como em obter o lucro pelos conteúdos produzidos e disseminados. Como há dificuldades em distinguir as fake news de outros conceitos, os quais invadem a categoria das notícias falsas, a sociedade, incapaz de afastar-se da ilusão promovida pela efervescente circulação de imagens e discursos, tanto imprecisos como enganosos, pode encontrar no Direito à Informação o auxílio para diminuir os impactos negativos da desinformação.