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摘要
摘要本研究旨在分析克拉丽斯·利斯佩克特(1920-1977)的小说《黑暗中的苹果》(1961)。在我们的方法中,我们认为野性的存在是一种特殊的东西,它取代和调动了马丁的旅程,我们称之为未驯化。因此,正是动物和有机元素使英雄成为一个无法属于完成和确定的形式的角色。通过这种方式,我们强调了马丁存在方式的不稳定特征,这导致了世界的混乱体验,最终导致了中立性和逻辑、社会和官僚愿景的空虚。在这项工作中,我们使用了Andrade (1972), Nunes (1979), Jardim (2016), Bataille (2018), Barthes (2003), Derrida (2005), Deleuze and Guattari (1980), Giorgi (2016), Santiago (2000, 2006), Nascimento (2012), sa (1979, 2004), Sousa (2012), Viveiros de Castro(2002)和Librandi-Rocha(2012)的反思。
Martim se tornou selvagem ao produzir a sua primeira flecha: um estudo de A maçã no escuro, de Clarice Lispector
O presente estudo tem como objetivo desenvolver uma análise do romance A maçã no escuro (1961), de Clarice Lispector (1920-1977). Em nossa abordagem, consideramos a presença do selvagem como particularidade que desloca e mobiliza o itinerário de Martim pelo que chamamos de indomesticado. Assim, é o animal e o orgânico que fazem do herói um personagem incapaz de pertencer às formas acabadas e definidas. Dessa forma, sublinharemos um caráter inconstante no modo de ser de Martim, que o leva às experiências desorganizadoras do mundo, culminando numa neutralidade e esvaziamento de uma visão lógica, social e burocrática. Para este trabalho, recorremos às reflexões de Andrade (1972), Nunes (1979), Jardim (2016), Bataille (2018), Barthes (2003), Derrida (2005), Deleuze e Guattari (1980), Giorgi (2016), Santiago (2000, 2006), Nascimento (2012), Sá (1979, 2004), Sousa (2012), Viveiros de Castro (2002) e Librandi-Rocha (2012).