赋权方法中的幸福感与女权主义经济学:有互补性吗?

Mayara Da Mata Moraes, Solange Regina Marin
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Em oposição à essa perspectiva julgada de extremo reducionismo informacional, Sen desenvolve a Abordagem das Capacitações entende bem-estar como uma questão do que os sujeitos são capazes de ser e de fazer e, consequentemente, do tipo de vida que eles, efetivamente, são capazes de conduzir ou de perseguir. A Economia Feminista, também critica à primeira interpretação, observa que o bem-estar deve estar inserido em uma metodologia emergente e mais abrangente chamada de provisão social. Por meio dessa metodologia, a manutenção da sobrevivência humana está entrelaçada em um conjunto de mercadorias e processos que vão além de variáveis meramente materiais. 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摘要

幸福感的概念和评估是经济学中争论的对象,在这里,不同的理论为其合法性辩护,进而为科学统治辩护。通过文献综述,本工作旨在挑战这场辩论,在Amartya Sen的能力方法和女权主义经济学对幸福感的理解之间提供相似之处,并用对新古典经济理论的理解来反对它们。根据后者的假设,幸福感被视为偏好的满足,并根据帕累托效率标准进行评估。重要的是个人对自己的选择和行为的后果,而不是与偏好的满足无关的道德考虑。与这种被认为是极端信息还原论的观点相反,森发展了能力方法,将幸福理解为一个主体能够做什么和做什么的问题,从而理解为他们能够有效地领导或追求的生活类型的问题。女权主义经济学也批评了第一种解释,指出幸福必须被插入一种新兴的、更全面的方法中,称为社会提供。通过这种方法,人类生存的维持与一系列超越物质变量的商品和过程交织在一起。能力方法坚持女权主义经济研究项目,因为它不将福利限制在金融问题上,承认了人类的多样性,允许思考市场内外的问题,并认可了与社会保障方法相关的五个标准。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Bem-estar na abordagem das capacitações e da economia feminista: alguma complementaridade?
O conceito e a avaliação de bem-estar é um objeto de disputa dentro da Economia, lugar em que diferentes teorias pleiteiam sua legitimidade e, por extensão, a dominação científica. Por meio de uma revisão de literatura, o presente trabalho almeja interpelar esse debate fornecendo paralelos entre o entendimento de bem-estar proveniente da Abordagem das Capacitações de Amartya Sen com o da Economia Feminista bem como contrapô-los com o entendimento da teoria econômica neoclássica. Segundo os pressupostos dessa última, o bem-estar é visto como a satisfação de preferências e é avaliado segundo o critério de eficiência de Pareto. O que importa são as consequências das escolhas e atos dos indivíduos para com eles próprios e não considerações éticas sem laços com a satisfação de preferências. Em oposição à essa perspectiva julgada de extremo reducionismo informacional, Sen desenvolve a Abordagem das Capacitações entende bem-estar como uma questão do que os sujeitos são capazes de ser e de fazer e, consequentemente, do tipo de vida que eles, efetivamente, são capazes de conduzir ou de perseguir. A Economia Feminista, também critica à primeira interpretação, observa que o bem-estar deve estar inserido em uma metodologia emergente e mais abrangente chamada de provisão social. Por meio dessa metodologia, a manutenção da sobrevivência humana está entrelaçada em um conjunto de mercadorias e processos que vão além de variáveis meramente materiais. A Abordagem das Capacitações tem aderência ao projeto de pesquisa da Economia Feminista, pois, ao não restringir o bem-estar a questões financeiras, reconhece a diversidade humana e permite pensar em questões dentro e fora do mercado, e endossa os cinco critérios pertinentes à abordagem de provisão social.
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