性在舌头的身体

IF 0.2 0 LANGUAGE & LINGUISTICS
Paulo Sérgio dos Santos Adorno Júnior
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摘要

在《哈佛手稿》的第19段中,费迪南德·德·索苏尔(Ferdinand de Saussure)指出,这种差异,因为它承认了等级,包含了一个令人不安的术语。从这个意义上说,相似和不同是相互交织的,混淆了它们的细微差别,并没有回避这样一个事实:虽然感知可识别性的可能性似乎是不可避免的,但从结构上知道哪些元素需要区分,以及在什么条件下也是昂贵的。如果解剖学是命运(弗洛伊德,1912;1924年)比人们所希望的要微妙得多——即使是承认自己的学位——也无法断然否认这种怀疑,即那里所承认的差异甚至是由任命造成的;这一任命一旦确立,就标志着其领域的边界,而不仅仅是承认它们。如果解剖上的差异并不能减轻说话的生物之间共轭的最终不可能,那么如何思考身体之间的过渡/翻译(它们相互访问的尝试),以及在哪里放置适合它们的差异?为了准备一个答案,这项工作从一个假设开始,它应该发展对性别差异的反思,在腰部以上的几个手掌,求助于另一个器官,人体留下的唯一内脏;一个内脏,通过缩短它所居住的身体的内部和外部,并不是偶然的,将自己奉献给也许是最著名的——也是最平凡的——灾难:语言。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
O sexual no corpo da língua
No fragmento 19 dos Manuscritos de Harvard, Ferdinand de Saussure afirma que a diferença, uma vez que admite graus, consiste num termo incômodo. Nesse sentido, semelhança e diferença encontram-se emaranhadas uma à outra, confundindo os seus matizes e não escapando do fato de que, embora pareça inevitável perceber a possibilidade do discernível, também é custoso saber, estruturalmente, entre que elementos será preciso distinguir, e em que termos. Se a anatomia como destino (FREUD, 1912; 1924) se mostra mais matizada do que se gostaria – também ela admitindo seus graus –, tampouco se consegue negar categoricamente a suspeita de que as diferenças que aí se reconhecem são, antes mesmo, instituídas por uma nomeação; uma nomeação que, uma vez posta, marca os limites dos seus domínios muito mais do que simplesmente os reconhece. Se a diferença anatômica não mitiga a impossibilidade derradeira de conjugação entre os seres falantes, como pensar o trânsito/tradução entre os corpos (suas mútuas tentativas de acesso) e onde situar as diferenças que lhes cabem? Para elaborar uma resposta, este trabalho parte da hipótese de que convém desenvolver a reflexão acerca da diferença sexual alguns palmos acima da linha da cintura, recorrendo a outro órgão, a única entranha que o corpo humano deixa à vista; uma víscera que, não por acaso, curto-circuitando o dentro e o fora do corpo que ela habita, se consagra na talvez mais célebre – e também prosaica – das catacreses: a língua.
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