{"title":"中高水平欧洲葡萄牙语作为第二语言的汉语学习者对重读口语元音的习得","authors":"Hongrui Duan, Adelina Castelo, M. J. Freitas","doi":"10.21814/diacritica.4805","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No processo de aquisição do Português Europeu (PE) por falantes nativos do Chinês Mandarim (CM), vários desafios fonéticos e fonológicos se colocam, sendo uma das maiores dificuldades a aquisição dos pares contrastivos /e, ɛ/, /o, ɔ/. Para identificar as dificuldades na aprendizagem destas vogais por alunos chineses, o presente estudo-piloto centra-se nas vogais /e/, /ɛ/, /o/ e /ɔ/ produzidas em posição tónica, em diferentes condições experimentais (tarefas de nomeação, de descrição, de repetição e de leitura); as informantes observadas são chinesas, estudam português como língua segunda (L2) e têm nível intermédio-alto de proficiência linguística. Os resultados evidenciam a aquisição problemática dos contrastes vocálicos /e, ɛ/ e /o, ɔ/, sendo a Altura de Vogal a propriedade mais problemática, com as vogais médias [e, o] associadas a taxas de sucesso baixas. Observou-se, ainda, uma maior quantidade de produções corretas das labiais do que das coronais e um melhor desempenho nas tarefas de repetição, de leitura e de nomeação do que na de descrição. Transferência do conhecimento linguístico prévio (CM), princípios universais e caraterísticas fonológicas da língua-alvo (PE) são evocados na discussão sobre o que condiciona o desempenho das informantes. Com base nos dados recolhidos e nas hipóteses sobre as causas a estas subjacentes, defende-se a relevância de uma instrução explícita sobre a pronúncia das vogais /e/, /ɛ/, /o/ e /ɔ/ em níveis avançados de ensino-aprendizagem de português como L2, da análise acústica como ferramenta de aprendizagem da pronúncia e da realização de tarefas de fala controlada e espontânea.","PeriodicalId":33760,"journal":{"name":"Diacritica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Aquisição das vogais orais tónicas por aprendentes chineses com proficiência intermédia-alta no português europeu como língua segunda\",\"authors\":\"Hongrui Duan, Adelina Castelo, M. J. 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Aquisição das vogais orais tónicas por aprendentes chineses com proficiência intermédia-alta no português europeu como língua segunda
No processo de aquisição do Português Europeu (PE) por falantes nativos do Chinês Mandarim (CM), vários desafios fonéticos e fonológicos se colocam, sendo uma das maiores dificuldades a aquisição dos pares contrastivos /e, ɛ/, /o, ɔ/. Para identificar as dificuldades na aprendizagem destas vogais por alunos chineses, o presente estudo-piloto centra-se nas vogais /e/, /ɛ/, /o/ e /ɔ/ produzidas em posição tónica, em diferentes condições experimentais (tarefas de nomeação, de descrição, de repetição e de leitura); as informantes observadas são chinesas, estudam português como língua segunda (L2) e têm nível intermédio-alto de proficiência linguística. Os resultados evidenciam a aquisição problemática dos contrastes vocálicos /e, ɛ/ e /o, ɔ/, sendo a Altura de Vogal a propriedade mais problemática, com as vogais médias [e, o] associadas a taxas de sucesso baixas. Observou-se, ainda, uma maior quantidade de produções corretas das labiais do que das coronais e um melhor desempenho nas tarefas de repetição, de leitura e de nomeação do que na de descrição. Transferência do conhecimento linguístico prévio (CM), princípios universais e caraterísticas fonológicas da língua-alvo (PE) são evocados na discussão sobre o que condiciona o desempenho das informantes. Com base nos dados recolhidos e nas hipóteses sobre as causas a estas subjacentes, defende-se a relevância de uma instrução explícita sobre a pronúncia das vogais /e/, /ɛ/, /o/ e /ɔ/ em níveis avançados de ensino-aprendizagem de português como L2, da análise acústica como ferramenta de aprendizagem da pronúncia e da realização de tarefas de fala controlada e espontânea.