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RELIGIÃO VIVIDA E TEOLOGIA PRÁTICA: POSSIBILIDADES DE RELACIONAMENTO NO CONTEXTO BRASILEIRO
O conceito de religião vivida surge em meados do século XX como resultado da chamada virada empírica nos estudos da sociologia da religião, como uma forma de observar e ler o contexto da vida e da religião fora do âmbito estritamente institucional, normativo, tradicional e dogmático da Igreja. Com base nesse desenvolvimento, a religião vivida passa a ser para a teologia prática, em especial no contexto europeu, ao mesmo tempo uma hermenêutica, uma chave de leitura do contexto, mas também um fenômeno de manifestação do religioso e da religião de maneira mais ampla. Este artigo pretende, a partir de uma revisão bibliográfica, contribuir na reflexão sobre a hermenêutica e o fenômeno da religião vivida em sua relação com a teologia prática, considerando também o contexto brasileiro e latino-americano, onde a religião, o religioso existem de forma efusiva, mas pouco observada a partir do conceito de uma religião vivida. O artigo está organizado da seguinte forma: Primeiramente, aborda-se alguns aspectos relevantes nas pesquisas sobre religião e cultura, como pano de fundo do que veio posteriormente a definir-se como religião vivida. Em seguida, se trata de conceituar religião vivida na sua relação com a teologia prática. No terceiro ponto do artigo reflete-se sobre as possibilidades de uma religião vivida no contexto brasileiro e latino-americano. Por fim, são apresentadas algumas consequências desse estudo para a teologia prática.