T. F. Moreira, E. J. F. Filho, L. S. Andrade, Luiz Fernando Cardoso Labre, Karolliny Merlo Goehringer, Otavio Luiz Fidelis Junior, Letícia Marques Rodrigues, O. S. Junior, Guilherme Vieira Fonseca, A. U. Carvalho
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Uma diversidade de outras bactérias como Mycoplasma, Fusobacterium, Porphyromonas, Bacteroides spp., Campylobacter spp., Guggenheimella spp. e D. nodosus também foram descritas. Tentativas de induzir a doença artificialmente só foram bem sucedidas com o uso de macerado de lesões ativas, demonstrando a importância do sinergismo bacteriano. Apesar da quantidade de estudos sobre o tema, a determinação da etiologia definitiva da DD permanece sendo um desafio, principalmente em relação ao papel que as diferentes bactérias encontradas desempenham no desenvolvimento da lesão. A epidemiologia desta doença também apresenta aspectos pouco esclarecidos, como os possíveis reservatórios e como ocorre a sua transmissão. Os filotipos de Treponema envolvidos na DD foram detectados na cavidade oral, rúmen, fezes e no ambiente de fazendas que possuíam a doença, porém sempre em pequenas quantidades, o que mantém em questão a importância destes locais como reservatórios. 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Dermatite digital bovina: etiologia e rotas de transmissão
A dermatite digital (DD) é uma das principais doenças do sistema locomotor de bovinos que levam os animais à claudicação e causam graves prejuízos econômicos. Desde o seu primeiro relato na Itália, em 1974, a DD atingiu uma situação endêmica em diversos países, incluindo o Brasil. Bactérias do gênero Treponema são os principais agentes envolvidos, pois se apresentam como as bactérias mais abundantes e também estão presentes nas partes mais profundas das lesões. Mais de 20 espécies diferentes de Treponema foram identificados em amostras de DD, sendo as espécies T. pedis, T. medium, T. phagedenis, T. refringens e T. denticula as mais relatadas. Uma diversidade de outras bactérias como Mycoplasma, Fusobacterium, Porphyromonas, Bacteroides spp., Campylobacter spp., Guggenheimella spp. e D. nodosus também foram descritas. Tentativas de induzir a doença artificialmente só foram bem sucedidas com o uso de macerado de lesões ativas, demonstrando a importância do sinergismo bacteriano. Apesar da quantidade de estudos sobre o tema, a determinação da etiologia definitiva da DD permanece sendo um desafio, principalmente em relação ao papel que as diferentes bactérias encontradas desempenham no desenvolvimento da lesão. A epidemiologia desta doença também apresenta aspectos pouco esclarecidos, como os possíveis reservatórios e como ocorre a sua transmissão. Os filotipos de Treponema envolvidos na DD foram detectados na cavidade oral, rúmen, fezes e no ambiente de fazendas que possuíam a doença, porém sempre em pequenas quantidades, o que mantém em questão a importância destes locais como reservatórios.