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Paradoxos e promessas da natureza-morta em poesia: notas de leitura sobre Lu Menezes e Suzanne Doppelt
O gênero pictórico chamado de “natureza-morta” está envolvido por uma ambivalência fundamental, que se manifesta em diferentes níveis. Neste artigo, proponho abordar a ambivalência do gênero em dois desses níveis, que me parecem ser os mais importantes e os mais produtivos em termos de um pensamento poético sobre a relação entre homem, linguagem e mundo. O primeiro é o nível da história das transformações das formas artísticas; o segundo é o nível de uma filosofia da imagem em sua oscilação entre uma pulsão que se poderia chamar de ritmo-plástica e uma pulsão representativa. Modulando essas ambivalências, a apropriação da natureza-morta em poesia (poemas que se referem a cenas de natureza-morta ou que interpretam com meios verbais o universo pictórico característico da natureza-morta) permite pensar a potência e os limites da arte em relação à experiência. É o que se procurará demonstrar através da leitura de textos poéticos de Lu Menezes e de Suzanne Doppelt.