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Racismo institucional, branquitude e gestão reativa seletiva: desafios para a implementação de ambiente universitário afirmativo
Os/as estudantes de camadas populares e negros/as ingressantes nas universidades públicas no contexto das políticas afirmativas vêm desempenhando um papel fundamental para a transformação destas instituições, uma vez que indagam os perfis social e étnico-racial do corpo discente, a organização institucional e, principalmente, as matrizes curriculares. E como a gestão universitária tem atuado para garantir os direitos educacionais plenos a esses públicos? Este artigo objetiva analisar como o racismo institucional e a branquitude identificados em discursos de gestores e gestoras de uma universidade federal favorecem um modelo de gestão que reage seletivamente às exigências legais e às demandas apresentadas pelos estudantes negros e negras, mantêm a colonialidade de poder/saber e dificultam a efetivação de um ambiente universitário afirmativo, o qual transcende as políticas de acesso.