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O incontornável Corpo da Nação: reapropriações e heterodoxias futuristas em torno da Semana de Arte Moderna
O Futurismo italiano desempenhou uma tarefa complexa, sobretudo nos antecedentes da Semana de Arte de São Paulo mas não exclusiva. No artigo, não se reconstrói tanto a polêmica sobre o Futurismo que marcou a gestação da Semana, mas sobretudo o papel diferencial que o Futurismo italiano teve, como material de articulação de um processo mais amplo que o absorveu, na preparação da trama estética e ideológica modernista, inclusive quando a sua influência não se manifestaria de modo explícito. Sinteticamente e por imagem, se poderia dizer que ocorreu uma espécie de conservação negativa de valores reconduzíveis ao Futurismo italiano. Um reuso condicionado, na complexidade do corpo histórico e social do Brasil, que mostra como a influência externa funciona só no momento em que se converte em uma força de transformação interna, como a semiótica demostra. Nesta linha, o legado do Futurismo é perceptível em particular não só nas inconveniências da aurora moderna mas na disseminação que seguiu a emersão impetuosa dos valores do Modernismo, na refração de multíplices modernidades.