{"title":"保罗·莱明斯基在卡塔陶的快速写作","authors":"Keyla Freires da Silva, M. Kunz","doi":"10.17851/2358-9787.30.3.129-147","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo: Em Catatau (1975), obra subintitulada pelo próprio autor como “romance-ideia”, Paulo Leminski vive a aventura da própria escrita e cria seu texto a partir da permeabilidade das palavras, das línguas, dos tempos e dos espaços, mostrando o escritor como locutor e o leitor como ouvinte de suas palavras-ímãs. Nesse sentido, o objetivo deste artigo consiste em verificar como esse percurso da escrita leminskiana em Catatau conflui para construção de uma escrita movediça, culminando numa reflexão acerca do fazer literário, traço recorrente na obra do autor. Destaca-se, então, o tecer da escrita de Catatau mediante o entrelaçar constante de aliterações, jogos tipográficos, parônimos, justaposições, trava- línguas, num ritmo próprio, como um turbilhão de linguagem. Para que se possa circular nesse redemoinho, buscou-se comparar a escrita do “romance-ideia” com alguns de seus textos poéticos e dialogar com ideias de Jacques Derrida (1973), Gilles Deleuze (1997), Anne-Marie Christin (2006), Márcia Arbex (2006), Arnaldo Antunes (2005) e Jorge Luis Borges (2011). Percebe-se que a escrita de Paulo Leminski está sempre no percalço da palavra, seguindo seus rastros, seja por meio do som ou da imagem. Em Catatau, a escrita é como um laboratório em que a linguagem é experimentada nos níveis sonoro, sintático e imagético sempre em busca de uma explosão de sentidos surpreendentes.Palavras-chave: Paulo Leminski; Catatau; escrita; som; imagem.Abstract: In Catatau (1975), a work subtitled by the author himself as a “novel idea”, Paulo Leminski lives the adventure of writing itself and criates his text from the permeability of words, languages, times and spaces, showing the writer as a speaker and the reader as a listener of his magnets words. In this sense, the purpose of this article is to verify how this path of Leminskian writing in Catatau converges to the construction of a quick writing, culminating in a reflection on literary practice, a recurring feature in the author’s work. Then, the weaving of Catatau’s writing stands out through the constant interweaving of alliterations, typographical games, paronyms, juxtapositions, tongue twisters, in a proper rhythm, like a whirlwind of language. In order to be able to circulate in this whirlwind, we sought to compare the writing of the “novel-idea” with some of its poetic texts, dialoguing with the ideas of Jacques Derrida (1973), Gilles Deleuze (1997), Anne-Marie Christin (2006) and Márcia Arbex (2006), Arnaldo Antunes (2005) and Jorge Luis Borges (2011). It is noticed that the writing of Paulo Leminski is always in the hitch of the word, following its tracks, either through sound or image. In Catatau, writing is like a laboratory where the language is experienced at sound, syntactic and imagery levels, always in search of an explosion of surprising meanings.Keywords: Paulo Leminski; Catatau; writing; sound; image.","PeriodicalId":40902,"journal":{"name":"Eixo e a Roda-Revista de Literatura Brasileira","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-10-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A escrita movediça de Paulo Leminski em Catatau / Paulo Leminski’s quick writing in Catatau\",\"authors\":\"Keyla Freires da Silva, M. 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A escrita movediça de Paulo Leminski em Catatau / Paulo Leminski’s quick writing in Catatau
Resumo: Em Catatau (1975), obra subintitulada pelo próprio autor como “romance-ideia”, Paulo Leminski vive a aventura da própria escrita e cria seu texto a partir da permeabilidade das palavras, das línguas, dos tempos e dos espaços, mostrando o escritor como locutor e o leitor como ouvinte de suas palavras-ímãs. Nesse sentido, o objetivo deste artigo consiste em verificar como esse percurso da escrita leminskiana em Catatau conflui para construção de uma escrita movediça, culminando numa reflexão acerca do fazer literário, traço recorrente na obra do autor. Destaca-se, então, o tecer da escrita de Catatau mediante o entrelaçar constante de aliterações, jogos tipográficos, parônimos, justaposições, trava- línguas, num ritmo próprio, como um turbilhão de linguagem. Para que se possa circular nesse redemoinho, buscou-se comparar a escrita do “romance-ideia” com alguns de seus textos poéticos e dialogar com ideias de Jacques Derrida (1973), Gilles Deleuze (1997), Anne-Marie Christin (2006), Márcia Arbex (2006), Arnaldo Antunes (2005) e Jorge Luis Borges (2011). Percebe-se que a escrita de Paulo Leminski está sempre no percalço da palavra, seguindo seus rastros, seja por meio do som ou da imagem. Em Catatau, a escrita é como um laboratório em que a linguagem é experimentada nos níveis sonoro, sintático e imagético sempre em busca de uma explosão de sentidos surpreendentes.Palavras-chave: Paulo Leminski; Catatau; escrita; som; imagem.Abstract: In Catatau (1975), a work subtitled by the author himself as a “novel idea”, Paulo Leminski lives the adventure of writing itself and criates his text from the permeability of words, languages, times and spaces, showing the writer as a speaker and the reader as a listener of his magnets words. In this sense, the purpose of this article is to verify how this path of Leminskian writing in Catatau converges to the construction of a quick writing, culminating in a reflection on literary practice, a recurring feature in the author’s work. Then, the weaving of Catatau’s writing stands out through the constant interweaving of alliterations, typographical games, paronyms, juxtapositions, tongue twisters, in a proper rhythm, like a whirlwind of language. In order to be able to circulate in this whirlwind, we sought to compare the writing of the “novel-idea” with some of its poetic texts, dialoguing with the ideas of Jacques Derrida (1973), Gilles Deleuze (1997), Anne-Marie Christin (2006) and Márcia Arbex (2006), Arnaldo Antunes (2005) and Jorge Luis Borges (2011). It is noticed that the writing of Paulo Leminski is always in the hitch of the word, following its tracks, either through sound or image. In Catatau, writing is like a laboratory where the language is experienced at sound, syntactic and imagery levels, always in search of an explosion of surprising meanings.Keywords: Paulo Leminski; Catatau; writing; sound; image.