G. S. Trevisan, Fábio Gonzaga Gesueli, Varlei Rodrigo do Couto
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O presente artigo tem como objetivo pensar o corpo como espaço de resistência a partir das formulações fornecidas por Michel Foucault em relação ao que ele denomina como uma “ontologia do presente”. A crítica genealógica realizada pelo autor abre caminhos para pensarmos em novas formas de subjetividade, estabelecendo movimentos de transgressão em relação às práticas normativas da sociedade ocidental e ao seu imaginário e racionalidade cristãos. Nesse sentido, a crítica feminista encontra-se com o pensamento de Foucault para problematizar a captura dos corpos e do erotismo, especialmente no campo da imaginação literária. Assim, buscamos analisar a escrita de algumas autoras brasileiras, com o objetivo de entender como elas promoveram e promovem desestabilizações das categorias estigmatizadoras sobre a corporeidade, possibilitando práticas de liberdade e outros modos de subjetivação que produzem novos imaginários sociais.