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A música se apresenta como agente fundamental na vida e na obra poética de Manuel Bandeira. Poucos autores da literatura brasileira levaram a ambição musical a consequências tão dramáticas dentro do texto ou mesmo projetaram em sua escrita similar vontade partitural. O culto a Euterpe irrompe de várias maneiras na vida do autor de Opus 10: no estudo minucioso de tratados de composição musical; na tentativa, sem muito sucesso, de aprender o piano e o violão; na convivência com grandes compositores que musicaram poemas seus, no refinado exercício de cronista musical, tarefa que desempenhou com magnífica desenvoltura crítica. É nos seus textos poéticos, no entanto, que a atividade musical se sobressai com maior proeminência. O presente artigo tem por objetivo abordar algumas dessas incursões musicais em A Cinza das Horas, livro de estreia do poeta pernambucano. Através de uma abordagem formal dos poemas "À beira d'água", "Ruço" e "Desencanto", mostraremos como o Bandeira comove a linguagem para se reportar ao universo da música.
Palavras-chave: Manuel Bandeira. Literatura. Música. Melopoética.