{"title":"愿USP安息!20世纪80年代末,记者和学者之间的象征性争端","authors":"A. Chiaramonte, Ana Paula Hey","doi":"10.5007/2175-7984.2017v17n39p250","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo analisa as disputas por legitimidade entre jornalistas e acadêmicos no final dos anos 1980, em São Paulo. Tendo como recurso heurístico o caso da “lista dos improdutivos”, a abordagem concentra-se nos conflitos que têm como centro a produção simbólica, i.é, uma visão única acerca das coisas do mundo. Enfatiza-se a criação, por jornalistas da Folha de S.Paulo, de uma doxa que opõe o Estado ao mercado, o primeiro tendo uma conotação negativa e o segundo positiva, revelando aspectos das disputas nos campos cultural e do poder durante a redemocratização. Entende-se que o jornalismo obteve sucesso na produção e difusão de uma doxa por ter papel central nesse período, tanto na formação de espaços de debate quanto ao dar voz e projetar agentes antes excluídos da vida pública. Demonstra-se que a Folha ao se modernizar, por meio da ação de jornalistas recém-chegados à imprensa, atribuiu-se a função de formar a opinião pública (seu público) e, em nome dela, legitimou-se para agir. Estabelecer a produção de um tipo de conhecimento que emerge pelo confronto marca o jornal como ator ativo no campo cultural contemporâneo.","PeriodicalId":32311,"journal":{"name":"Politica Sociedade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-11-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"https://sci-hub-pdf.com/10.5007/2175-7984.2017v17n39p250","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"Que a USP descanse em paz! Disputas simbólicas entre jornalistas e acadêmicos em fins dos anos de 1980\",\"authors\":\"A. Chiaramonte, Ana Paula Hey\",\"doi\":\"10.5007/2175-7984.2017v17n39p250\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O artigo analisa as disputas por legitimidade entre jornalistas e acadêmicos no final dos anos 1980, em São Paulo. Tendo como recurso heurístico o caso da “lista dos improdutivos”, a abordagem concentra-se nos conflitos que têm como centro a produção simbólica, i.é, uma visão única acerca das coisas do mundo. Enfatiza-se a criação, por jornalistas da Folha de S.Paulo, de uma doxa que opõe o Estado ao mercado, o primeiro tendo uma conotação negativa e o segundo positiva, revelando aspectos das disputas nos campos cultural e do poder durante a redemocratização. Entende-se que o jornalismo obteve sucesso na produção e difusão de uma doxa por ter papel central nesse período, tanto na formação de espaços de debate quanto ao dar voz e projetar agentes antes excluídos da vida pública. Demonstra-se que a Folha ao se modernizar, por meio da ação de jornalistas recém-chegados à imprensa, atribuiu-se a função de formar a opinião pública (seu público) e, em nome dela, legitimou-se para agir. Estabelecer a produção de um tipo de conhecimento que emerge pelo confronto marca o jornal como ator ativo no campo cultural contemporâneo.\",\"PeriodicalId\":32311,\"journal\":{\"name\":\"Politica Sociedade\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-11-29\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"https://sci-hub-pdf.com/10.5007/2175-7984.2017v17n39p250\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Politica Sociedade\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5007/2175-7984.2017v17n39p250\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Politica Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-7984.2017v17n39p250","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Que a USP descanse em paz! Disputas simbólicas entre jornalistas e acadêmicos em fins dos anos de 1980
O artigo analisa as disputas por legitimidade entre jornalistas e acadêmicos no final dos anos 1980, em São Paulo. Tendo como recurso heurístico o caso da “lista dos improdutivos”, a abordagem concentra-se nos conflitos que têm como centro a produção simbólica, i.é, uma visão única acerca das coisas do mundo. Enfatiza-se a criação, por jornalistas da Folha de S.Paulo, de uma doxa que opõe o Estado ao mercado, o primeiro tendo uma conotação negativa e o segundo positiva, revelando aspectos das disputas nos campos cultural e do poder durante a redemocratização. Entende-se que o jornalismo obteve sucesso na produção e difusão de uma doxa por ter papel central nesse período, tanto na formação de espaços de debate quanto ao dar voz e projetar agentes antes excluídos da vida pública. Demonstra-se que a Folha ao se modernizar, por meio da ação de jornalistas recém-chegados à imprensa, atribuiu-se a função de formar a opinião pública (seu público) e, em nome dela, legitimou-se para agir. Estabelecer a produção de um tipo de conhecimento que emerge pelo confronto marca o jornal como ator ativo no campo cultural contemporâneo.