{"title":"诗意地翻译自己","authors":"Alice Maria Araújo Ferreira","doi":"10.35699/2317-2096.2020.20301","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste ensaio, propomos discutir as questões éticas implicadas na relação tradutória, mais particularmente na chamada “versão”, ou seja, no traduzir-se para/no outro. Assim, propomos, primeiramente, revisitar uma certa tradição discursiva sobre as questões éticas do traduzir a partir da “virada ética” da Prova do estrangeiro (1984), de Antoine Berman, e seus desdobramentos em autores como Anthony Pym (1997), Lawrence Venuti (1993), Mona Baker (2019), Gayatri Spivak (1993, 2005) e Henri Meschonnic (2007). Em seguida, fazemos uma distinção entre as noções de estrangeiro e e/i-migrante para pensar uma prova do e/i-migrante no movimento do traduzir-se. Para distinguir o traduzir do traduzir-se, convocamos as questões da direcionalidade e da afetividade no/do sujeito-tradutor. Enfim, pensar uma relação ética do traduzir-se no/com/para o outro, do sair de si, afetar-se com/pelo outro, voltar a si e afetar o outro, comparece, no nosso ensaio, no ethos do e/i-migrante como paradigma desse movimento.","PeriodicalId":30786,"journal":{"name":"Aletria Revista de Estudos de Literatura","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Traduzir-se po-eticamente\",\"authors\":\"Alice Maria Araújo Ferreira\",\"doi\":\"10.35699/2317-2096.2020.20301\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste ensaio, propomos discutir as questões éticas implicadas na relação tradutória, mais particularmente na chamada “versão”, ou seja, no traduzir-se para/no outro. Assim, propomos, primeiramente, revisitar uma certa tradição discursiva sobre as questões éticas do traduzir a partir da “virada ética” da Prova do estrangeiro (1984), de Antoine Berman, e seus desdobramentos em autores como Anthony Pym (1997), Lawrence Venuti (1993), Mona Baker (2019), Gayatri Spivak (1993, 2005) e Henri Meschonnic (2007). Em seguida, fazemos uma distinção entre as noções de estrangeiro e e/i-migrante para pensar uma prova do e/i-migrante no movimento do traduzir-se. Para distinguir o traduzir do traduzir-se, convocamos as questões da direcionalidade e da afetividade no/do sujeito-tradutor. Enfim, pensar uma relação ética do traduzir-se no/com/para o outro, do sair de si, afetar-se com/pelo outro, voltar a si e afetar o outro, comparece, no nosso ensaio, no ethos do e/i-migrante como paradigma desse movimento.\",\"PeriodicalId\":30786,\"journal\":{\"name\":\"Aletria Revista de Estudos de Literatura\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2020-12-22\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Aletria Revista de Estudos de Literatura\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.35699/2317-2096.2020.20301\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Aletria Revista de Estudos de Literatura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.35699/2317-2096.2020.20301","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Neste ensaio, propomos discutir as questões éticas implicadas na relação tradutória, mais particularmente na chamada “versão”, ou seja, no traduzir-se para/no outro. Assim, propomos, primeiramente, revisitar uma certa tradição discursiva sobre as questões éticas do traduzir a partir da “virada ética” da Prova do estrangeiro (1984), de Antoine Berman, e seus desdobramentos em autores como Anthony Pym (1997), Lawrence Venuti (1993), Mona Baker (2019), Gayatri Spivak (1993, 2005) e Henri Meschonnic (2007). Em seguida, fazemos uma distinção entre as noções de estrangeiro e e/i-migrante para pensar uma prova do e/i-migrante no movimento do traduzir-se. Para distinguir o traduzir do traduzir-se, convocamos as questões da direcionalidade e da afetividade no/do sujeito-tradutor. Enfim, pensar uma relação ética do traduzir-se no/com/para o outro, do sair de si, afetar-se com/pelo outro, voltar a si e afetar o outro, comparece, no nosso ensaio, no ethos do e/i-migrante como paradigma desse movimento.