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Júlio Pomar: uma leitura contemplativa do grotesco no neorreal
Este artigo intenta demonstrar, por intermédio da contemplação de obras do artista visual português Júlio Pomar, em correlação com a crítica artística e literária da época, traços e elementos estéticos capazes de situar sua fase de expressão neorrealista como objeto de cotejo também moderno. Para isso, o presente artigo busca, sobretudo, identificar em pinturas e desenhos do artista características de índole moderna que, conforme Victor Hugo, estariam associadas a uma estética do grotesco ou, como se pretende ampliar, à deformação e ao desagradável. Deformar grotescamente ou optar pelo desagradável ao agradável, nesse caso, é também tomar como vereda estético-histórica a possibilidade de representar no centro da cena, em imagem e memória, heróis menores, subalternos, invisíveis, espoliados ou vencidos, cujas vozes e figuras nos chegam distorcidas ou em ecos a serem desenterrados.