{"title":"在箭与圆之间:波德莱尔关于时间的思考","authors":"Alice Vieira Barros","doi":"10.17851/2179-8478.13.2.263-271","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo objetiva construir uma leitura da poética de Baudelaire tomando como base a relação entre o “eu poético baudelairiano” e a História. Escolhi como principais aportes teóricos e ferramentas de leitura as reflexões do filósofo Walter Benjamin nas “Teses sobre o conceito de história”, que são avessas a um historicismo tradicional e linear e possuem muitos pontos de tangência com as ideias baudelairianas, e o ensaísmo crítico da poeta russa Marina Tsvetáieva, com suas considerações a respeito da relação entre o “poeta e o tempo”. Tencionamos desenvolver a hipótese segundo a qual a nostalgia do tempo mítico – por oposição a um tempo profano – configura, em Baudelaire, uma resposta crítica aos automatismos sobre a visão de progresso vigentes em seu contexto cultural, mediante a retomada consciente que o poeta faz de símbolos e mitemas da narrativa bíblica judaico-cristã.","PeriodicalId":40147,"journal":{"name":"Cadernos Benjaminianos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-08-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Entre uma seta e um círculo: algumas considerações sobre o tempo em Baudelaire\",\"authors\":\"Alice Vieira Barros\",\"doi\":\"10.17851/2179-8478.13.2.263-271\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo objetiva construir uma leitura da poética de Baudelaire tomando como base a relação entre o “eu poético baudelairiano” e a História. Escolhi como principais aportes teóricos e ferramentas de leitura as reflexões do filósofo Walter Benjamin nas “Teses sobre o conceito de história”, que são avessas a um historicismo tradicional e linear e possuem muitos pontos de tangência com as ideias baudelairianas, e o ensaísmo crítico da poeta russa Marina Tsvetáieva, com suas considerações a respeito da relação entre o “poeta e o tempo”. Tencionamos desenvolver a hipótese segundo a qual a nostalgia do tempo mítico – por oposição a um tempo profano – configura, em Baudelaire, uma resposta crítica aos automatismos sobre a visão de progresso vigentes em seu contexto cultural, mediante a retomada consciente que o poeta faz de símbolos e mitemas da narrativa bíblica judaico-cristã.\",\"PeriodicalId\":40147,\"journal\":{\"name\":\"Cadernos Benjaminianos\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-08-16\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Cadernos Benjaminianos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.17851/2179-8478.13.2.263-271\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos Benjaminianos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17851/2179-8478.13.2.263-271","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Entre uma seta e um círculo: algumas considerações sobre o tempo em Baudelaire
Este artigo objetiva construir uma leitura da poética de Baudelaire tomando como base a relação entre o “eu poético baudelairiano” e a História. Escolhi como principais aportes teóricos e ferramentas de leitura as reflexões do filósofo Walter Benjamin nas “Teses sobre o conceito de história”, que são avessas a um historicismo tradicional e linear e possuem muitos pontos de tangência com as ideias baudelairianas, e o ensaísmo crítico da poeta russa Marina Tsvetáieva, com suas considerações a respeito da relação entre o “poeta e o tempo”. Tencionamos desenvolver a hipótese segundo a qual a nostalgia do tempo mítico – por oposição a um tempo profano – configura, em Baudelaire, uma resposta crítica aos automatismos sobre a visão de progresso vigentes em seu contexto cultural, mediante a retomada consciente que o poeta faz de símbolos e mitemas da narrativa bíblica judaico-cristã.