{"title":"认识论的荒诞性:《PLE》和《PLH》意义建构的诗学","authors":"Jamile do Carmo Staniek","doi":"10.5007/1984-8412.2023.e90552","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo aborda a temática de (re)construção de sentidos através de jogos pedagógicos dentro do ensino/ aprendizagem da língua portuguesa como língua estrangeira (PLE) e língua de herança (PLH/POLH) a partir de produções da autora. Tomando o lúdico numa perspectiva epistêmica (ALBERTI, 1999; LOURO DA SILVA, 2018), o foco concentra-se em explorar criativamente jogos de linguagem de forma crítico-reflexiva, implicando em compreender jogos pedagógicos não apenas como produtos específicos ou objetos em si, senão como processos hermenêuticos a fomentarem o pensar/falar/interpretar em português a partir de atitudes responsivas (BAKHTIN, 2018). Numa premissa geopoética de decolonização educacional (McMANUS, 2007; DINIZ, 2008; OCAÑA, 2018), nos materiais criados enfatiza-se a criatividade por práxis inter/transdisciplinares como fator de desautomatização perceptiva; dentro disso, potencializando outras relações dos aprendizes quanto aos espaços brasileiros afora estereótipos e clichês. Esta dimensão sociocultural e dinâmica do ensino/aprendizagem corresponde, aqui, a uma dialogicidade reconstrutiva (FREIRE, 1980) a qual o lúdico confere à interculturalidade um maior grau de integração entre sujeitos e espaços, bem como socialização dos saberes, especialmente quanto à carga histórico-cultural atrelada à língua. Levanta-se, por este viés, uma reflexão sobre os conceitos de “língua de herança” e “língua estrangeira”, respectiva e conjuntamente considerando as heranças repassadas pela língua e o aspecto pluricêntrico desta. Atendendo à necessidade de ir além da gramática normativa, sem contudo desprezá-la, a natureza lúdica nestes materiais apoia-se em dois pontos fundamentais: provocações epistêmicas e “participa-ações” hermenêuticas, cujos resultados até o momento apontam um significativo grau de interação crítico-reflexiva, além de maior amplitude de interesse e divulgação nas áreas de PLE e PLH/POLH. ","PeriodicalId":31408,"journal":{"name":"Forum Linguistico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Ludicidade epistêmica: poéticas de (re)construção de sentidos em PLE e PLH\",\"authors\":\"Jamile do Carmo Staniek\",\"doi\":\"10.5007/1984-8412.2023.e90552\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo aborda a temática de (re)construção de sentidos através de jogos pedagógicos dentro do ensino/ aprendizagem da língua portuguesa como língua estrangeira (PLE) e língua de herança (PLH/POLH) a partir de produções da autora. Tomando o lúdico numa perspectiva epistêmica (ALBERTI, 1999; LOURO DA SILVA, 2018), o foco concentra-se em explorar criativamente jogos de linguagem de forma crítico-reflexiva, implicando em compreender jogos pedagógicos não apenas como produtos específicos ou objetos em si, senão como processos hermenêuticos a fomentarem o pensar/falar/interpretar em português a partir de atitudes responsivas (BAKHTIN, 2018). Numa premissa geopoética de decolonização educacional (McMANUS, 2007; DINIZ, 2008; OCAÑA, 2018), nos materiais criados enfatiza-se a criatividade por práxis inter/transdisciplinares como fator de desautomatização perceptiva; dentro disso, potencializando outras relações dos aprendizes quanto aos espaços brasileiros afora estereótipos e clichês. Esta dimensão sociocultural e dinâmica do ensino/aprendizagem corresponde, aqui, a uma dialogicidade reconstrutiva (FREIRE, 1980) a qual o lúdico confere à interculturalidade um maior grau de integração entre sujeitos e espaços, bem como socialização dos saberes, especialmente quanto à carga histórico-cultural atrelada à língua. Levanta-se, por este viés, uma reflexão sobre os conceitos de “língua de herança” e “língua estrangeira”, respectiva e conjuntamente considerando as heranças repassadas pela língua e o aspecto pluricêntrico desta. Atendendo à necessidade de ir além da gramática normativa, sem contudo desprezá-la, a natureza lúdica nestes materiais apoia-se em dois pontos fundamentais: provocações epistêmicas e “participa-ações” hermenêuticas, cujos resultados até o momento apontam um significativo grau de interação crítico-reflexiva, além de maior amplitude de interesse e divulgação nas áreas de PLE e PLH/POLH. \",\"PeriodicalId\":31408,\"journal\":{\"name\":\"Forum Linguistico\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-05-26\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Forum Linguistico\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5007/1984-8412.2023.e90552\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Forum Linguistico","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/1984-8412.2023.e90552","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Ludicidade epistêmica: poéticas de (re)construção de sentidos em PLE e PLH
Este artigo aborda a temática de (re)construção de sentidos através de jogos pedagógicos dentro do ensino/ aprendizagem da língua portuguesa como língua estrangeira (PLE) e língua de herança (PLH/POLH) a partir de produções da autora. Tomando o lúdico numa perspectiva epistêmica (ALBERTI, 1999; LOURO DA SILVA, 2018), o foco concentra-se em explorar criativamente jogos de linguagem de forma crítico-reflexiva, implicando em compreender jogos pedagógicos não apenas como produtos específicos ou objetos em si, senão como processos hermenêuticos a fomentarem o pensar/falar/interpretar em português a partir de atitudes responsivas (BAKHTIN, 2018). Numa premissa geopoética de decolonização educacional (McMANUS, 2007; DINIZ, 2008; OCAÑA, 2018), nos materiais criados enfatiza-se a criatividade por práxis inter/transdisciplinares como fator de desautomatização perceptiva; dentro disso, potencializando outras relações dos aprendizes quanto aos espaços brasileiros afora estereótipos e clichês. Esta dimensão sociocultural e dinâmica do ensino/aprendizagem corresponde, aqui, a uma dialogicidade reconstrutiva (FREIRE, 1980) a qual o lúdico confere à interculturalidade um maior grau de integração entre sujeitos e espaços, bem como socialização dos saberes, especialmente quanto à carga histórico-cultural atrelada à língua. Levanta-se, por este viés, uma reflexão sobre os conceitos de “língua de herança” e “língua estrangeira”, respectiva e conjuntamente considerando as heranças repassadas pela língua e o aspecto pluricêntrico desta. Atendendo à necessidade de ir além da gramática normativa, sem contudo desprezá-la, a natureza lúdica nestes materiais apoia-se em dois pontos fundamentais: provocações epistêmicas e “participa-ações” hermenêuticas, cujos resultados até o momento apontam um significativo grau de interação crítico-reflexiva, além de maior amplitude de interesse e divulgação nas áreas de PLE e PLH/POLH.