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Este artigo visa investigar as propriedades formais das clivadas canônicas do português brasileiro (PB). Tais sentenças são designadas para focalizar constituintes através de movimento A-barra e da presença da cópula e do complementizador para garantir ênfase ao constituinte focalizado. O principal aspecto formal das clivadas são as possibilidades de convergência do verbo ser com outros elementos da sentença em termos de concordância e tempo. O panorama padrão em PB seria a concordância da cópula com o foco e a harmonia temporal entre a mesma e o verbo temático. Por outro lado, o PB – mas não o português europeu (PE) – licencia clivadas que não apresentam tais convergências. Esse fenômeno levou alguns autores a defender que, nesse caso, a cópula está gramaticalizada como um item focalizador, já que estaria na forma invariável é. Forneceremos evidências para postularmos que não há gramaticalização envolvendo a cópula das clivadas do PB e proporemos que as clivadas canônicas possuem sempre uma cópula verbal, que projeta uma estrutura argumental IP, mesmo quando aparenta estar na forma invariável. O mesmo não é verificado nas clivadas é que, que apresentam o foco na posição inicial da sentença, que possuiriam cópula funcional.