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O objetivo deste artigo é exibir uma via pela qual a mente humana pode alcançar uma perspectiva eterna da natureza. Espinosa expôs a possibilidade de nossa mente compreender a essência dos corpos sob uma perspectiva eterna, que não está relacionada com a existência atual e presente dos corpos. Neste sentido, pretendo mostrar a importância em direcionarmos nosso entendimento à busca de uma via que supere o ponto de vista da duração, tão fundamental para a realização do verdadeiro conhecimento da Natureza. Conhecimento que exigirá algo mais do que interpretações, significantes e significados. No Tratado Teológico-Político, notamos que nossa mente, só pelo fato de conter em si, objetivamente, “a natureza de Deus e dela participar, tem o poder de formar certas noções que explicam a natureza das coisas” (espinosa, 2008, ttp, p. 17). Se quisermos, realmente, entender a Natureza, precisamos nos considerar de maneira interna, e não externa a ela. Mostraremos que apenas através de uma análise não antropocêntrica dos gêneros do conhecimento de Espinosa podemos vislumbrar a conciliação entre a essência da Substância e a essência do modo e, assim, participar adequadamente da Natureza. “Por fim, vemos também que o raciocínio não é o mais importante em nós, mas somente como uma escada que nos permite nos elevarmos ao lugar almejado” (ESPINOSA, 2014, bt, pii, cap. xxvi, p. 150).