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Os símbolos dos últimos caçadores-colectores do centro de Portugal
Ao longo da história da Humanidade, partindo de uma perspetiva ecológica que integra os grupos de humanos como apenas mais uma espécie na natureza, todos os grupos de caçadores-recoletores parecem ter mantido uma relação especial com algum tipo de animal. Na arte rupestre europeia, esta relação é muito mais evidente em cronologias paleolíticas, no entanto, cremos que os conceitos básicos destinados a unir o mundo real com o mundo hiperfísico reconhecido nos caçadores-recolectores do paleolítico através da representação de animais, signos e (poucas) figuras humanas, não foi abandonada nos primeiros milénios do Holocénico. Supõe-se que estas crenças acumuladas durante o Paleolítico Superior, não desapareceram de um dia para o outro. Os animais não só resolviam uma questão económica, como tiveram um papel muito mais complexo no seio das comunidades de caçadores-recolectores. Este trabalho pretende dar a conhecer a relação intrínseca que parece surgir entre os últimos caçadores-recoletores do Holocénico do Vale do Tejo, centro de Portugal, e os cervídeos.