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CONVENCIONALIZAÇÃO OU ALTERNATIVIDADE: OS DOIS LADOS DA MESMA MOEDA
Recentemente, observamos uma tendência à valorização do que se convencionou chamar de Sistemas Alimentares Alternativos (SAA) ou Redes Agroalimentares Alternativas (RAA), cuja gênese das pesquisas data dos anos 1990 a 2000. Estes estudos foram impulsionados, principalmente, pela crise dos Sistemas Alimentares Convencionais (SAC), decorrente dos constantes “escândalos alimentares”, que colocaram em cheque a qualidade dos produtos advindos desse modelo dominante de produção e consumo (GOODMAN, 1999). Assim, nas mais diversas pesquisas sobre o tema, experiências heterogêneas tais como a agricultura orgânica, comércio justo e circuitos curtos de comercialização têm sido apreendidos como tipos de SAA. Portanto, vários estudos se concentraram na contribuição dessas abordagens como um “novo paradigma de desenvolvimento rural”, voltado para sua capacidade de “reincorporar” a agricultura e a alimentação nos países em desenvolvimento, sobretudo a partir dos processos naturais, heranças culturais ou relações sociais (PLOEG et al., 2000). Neste sentido, os SAAs são vistos como espaços de «autonomia» ou «resistência» ao modelo