Patricia Veronica Moreira, Flavia Karla Ribeiro Santos, Jean Cristtus Portela
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Considerando as reflexões sobre os níveis de pertinência da análise semiótica e as diferentes cenas predicativas observadas nas redes sociais – que utilizam a violência em diferentes intensidades para destruir a imagem pública do outro, ou, em certos casos, mantê-la –, buscamos, neste trabalho, identificar como se configuram as práticas e estratégias relacionadas à cultura do cancelamento. Essas práticas, e as estratégias que as acomodam, são realizadas no ambiente virtual, na forma de comentários em redes sociais e outros tipos de mídia on-line que, simulando um tribunal virtual e assumindo os papéis actanciais de juízes, jurados e executores, sancionam negativamente o sujeito que enuncia discursos desinformados, preconceituosos e intolerantes ou exprime comportamentos que podem corroborar discursos negacionistas, e aplicam punições diversas. Por outro lado, as mesmas práticas podem desencadear um processo de reiteração e forte assunção do discurso ou comportamento que levou o sujeito a ser inicialmente julgado e cancelado. Esse comportamento é observado em grupos que manifestam discursos de apoio a valores morais historicamente enraizados na estrutura social e que não condizem com uma sociedade que visa a ser mais pacífica, inclusiva, sustentável e justa.