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Geopoesia da boa morte pelas ruas coralinas da tanatografia
Neste trabalho apresentamos o poema-necrológio “Quem foi ela?”, de Cora Coralina. Publicado em jornal em 1965, pela primeira vez ele é apresentado na íntegra em periódico. Percorrendo ruas e becos da Cidade de Goyaz, pretendemos analisar a movimentação de vozes femininas ecoando em movimentações de forças biográficas e biobibliográficas. O trabalho articula a poética coralina com a imagem de Idalina da Cruz Marques e seu importante papel social na Cidade de Goiás ao longo do século XX. Numa geopoesia plena de cotidiano, o discurso da “Good Death” dissemina-se em politonalidades na articulação do momento e do memento. Num exercício de geopoesia que, em processo dialógico transforma-se em tanatografia, a crítica polifônica (em sua reverberação enquanto literaturas de campo e comparada) afirma-se como reconstrução de ideias e contra todo tipo de autoritarismo. Assim, percorrendo ruas coralinas seguimos pelo enfronteiramento do conhecimento, nas raizamas, como contemplação palavral do espetáculo do mundo.