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Shakespeare, de acordo com Pessoa, é causa da ausência de construção a que a modernidade está condenada e que passa a caracterizá-la. Nessa medida, Pessoa retoma a imagem de Shakespeare como uma figura da modernidade que a representa no que esta tem de imperfeição construtiva. Poderíamos aproximar a expressão de Pessoa a Milton e considerá-lo um “supra-Ovídio” ou criador de uma “supra-Bíblia”. A escrita de Milton altera o cânone desafiando a auctoritas do texto religioso.