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Políticas linguísticas e educacionais e(m) formação docente: uma discussão sobre as colonialidades do ser, do saber e do poder
Este trabalho objetiva apresentar uma discussão acerca de políticas linguísticas e educacionais voltadas a pessoas surdas, refletindo sobre como as concepções de língua/linguagem, surdez, pessoa surda, inclusão e educação bilíngue, emergentes em documentos legais que contemplam tais políticas (Amapá, 2015; Brasil, 2002, 2005, 2009, 2014, 2015, 2020, 2021), contribuem com a promoção das colonialidades do ser, do saber e do poder. Sob o horizonte da decolonialidade, a investigação, de natureza exploratória, contemplando estudo bibliográfico e documental (Gil, 2008), e de caráter interpretativista (Moita Lopes, 1994), orienta-se, principalmente, pela seguinte pergunta norteadora: Considerando os conceitos inclusão, surdez, pessoa surda, língua/linguagem e educação bilíngue, de que forma os documentos legais que contemplam políticas linguísticas para a pessoa surda promovem o apagamento desta, a partir das colonialidades do poder e do saber? O estudo está ancorado no argumento de que é necessário e importante sentipensarmos a formação docente de professores de Português, de modo a não reproduzir tais colonialidades, na implementação de políticas educacionais, para o que se faz necessário refletir criticamente sobre as políticas linguísticas explícitas nesse contexto, em favor de uma formação docente decolonial e transformativa.
Palavras-chave: Políticas linguísticas e educacionais; formação docente; decolonialidade.