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O corpo (u)tópico e o espaço heterotópico dos quilombolas hoje: uma análise discursiva foucaultiana
Neste artigo, discutimos a noção de quilombo como um espaço heterotópico para o corpo negro, tanto na sua jornada em busca de liberdade em relação ao disciplinamento do sistema colonial como na atualidade. Para tanto, analisamos dois enunciados jornalísticos e entrevistas que realizamos com dois sujeitos residentes em comunidades quilombolas do estado do Maranhão (MA). O aporte teórico-metodológico que ancora essa discussão repousa nos Estudos Discursivos Foucaultianos, assentados na proposta de análise enunciativa de Michel Foucault (2008), a qual nos possibilita empreender uma investigação com base nos princípios de regularidade, dispersão, raridade e campo associado entre enunciados. Conclui-se que o quilombo emerge no domínio da história como uma forma de buscar a liberdade em relação ao poder disciplinador colonial, mas o corpo do sujeito negro é reinscrito em espaços heterotópicos nos quais sofre formas de exclusão, violência e estigmas até o presente.