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摘要
在Diamela Eltit的《nunca el fuego nunca》(2007)中,以身体记忆为指导,从未说过的东西中恢复过去,揭示了它在现在的潜伏,文学、政治和历史始终交织在一起。在这个故事中,一个不知名的女人回忆过去的事件,同时检查她和她的伴侣,一个武装组织的前领导人分享的现在的平庸。在这部小说中,埃尔提特从智利独裁统治最险恶的特征——消失中恢复了对它的记忆,他接近历史现实,为讨论添加了一个在艺术视野之外无法实现的视角。在这篇文章中,我们感兴趣的是研究将过去的痕迹转化为美学策略——通过质疑其他形式的可见性和可理解性——在多大程度上与沃尔特·本雅明阐述的历史概念对话。
Tendo como guia um corpo-memória, que ao recuperar o passado a partir do não-dito revela sua latência no presente, em Jamás el fuego nunca (2007), de Diamela Eltit, literatura, política e História cruzam-se a todo tempo. Trata-se de uma narrativa na qual uma mulher sem nome rememora episódios passados ao mesmo tempo em que examina a banalidade do presente que compartilha com seu companheiro, o antigo líder de uma célula militante. Retomando a memória da ditadura chilena a partir daquele que talvez seja seu traço mais sinistro – o desaparecimento –, nesse romance, Eltit se aproxima da realidade histórica para acrescentar à discussão uma perspectiva irrealizável fora do horizonte da arte. Neste artigo, interessa-nos investigar em que medida a conversão desse rastro do passado em estratégia estética – ao colocar em disputa outras formas de visibilidade e inteligibilidade – dialoga com o conceito de História elaborado por Walter Benjamin.