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Com base em pesquisa etnográfica conduzida em uma favela de Belo Horizonte, este texto propõe uma reflexão acerca dos significados atribuídos pelos pobres urbanos à miríade de instituições e organizações com quem interagem em suas vidas cotidianas. Argumenta que, do ponto de vista dos moradores da favela, mais importante do que a divisão entre iniciativas estatais e extrasestatais, é a divisão das instituições locais entre duas categorias nativas: os projetos (tidos como meios indiferenciados de simples obtenção de recursos) e as iniciativas que fazem a diferença (aquelas que se convertem em geração de renda e/ou valorização simbólica da identidade “favelada”). Conclui que para se pensar em políticas públicas que promovam o acesso à cidadania, é necessário se afastar da compreensão da pobreza como um problema de ordem técnica e retomar a abordagem política sobre a questão.