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Este texto procura discutir brevemente o uso de modelos em geografia. Trata-se de um esforço de resgatar o uso de um amplo conjunto de procedimentos epistemológicos e metodológicos que durante as décadas de 1950 e 1960 foram importantes nos Estados Unidos e alguns países europeus, enquanto no Brasil sua importância verifica-se na década de 1970. O uso de modelos em geografia foi objeto de forte polêmica confrontando-se, em um extremo, fervorosos adeptos de seu uso e, em outro, ferozes críticos. Neste resgate procura-se superar este antagonismo admitindo-se que o uso de modelos constitui um procedimento relevante para a pesquisa em geografia. Este argumento está apoiado na crença de que a elaboração e reelaboração de modelos constituem-se em parte integrante do processo cognitivo, que permite ao ser humano situar-se e agir sobre a cada vez mais complexa realidade em que vive.