Dina Maria Martins Ferreira, Gustavo Cândido Pinheiro
{"title":"东北电子forro中男子气概的话语-实用视角","authors":"Dina Maria Martins Ferreira, Gustavo Cândido Pinheiro","doi":"10.20396/cel.v64i00.8666917","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma discussão conceitual e analítica sobre processos performativos implicados na construção e na naturalização do que vamos chamar de “masculinidade forrozeira”. Nosso objetivo é compreender o papel de determinados valores identitários envolvidos na circulação performativa de sentidos sobre masculinidade em jogos de linguagem da prática cultural forró eletrônico. O estudo se ampara nos aportes teórico-metodológicos da Nova Pragmática/Pragmática Cultural (RAJAGOPALAN; MARTINS FERREIRA, 2006; RAJAGOPALAN, 2010, 2016; ALENCAR; MARTINS FERREIRA, 2012; FABRÍCIO; PINTO, 2013; ALENCAR, 2014; PINTO, 2014) e nos estudos sobre identidades de gênero (BUTLER, 1997, 2000, 2003) com foco nas masculinidades (CONNELL, 1995; CONNELL; MESSERSCHMIDT, 2013; ALBUQUERQUE, 2000, 2003, 2010). O quadro analítico inclui as categorias avaliação, explicitação de autoimagem (PINTO, 2014) e retórica sinonímica (FIORIN, 2014). Os resultados indicam que a masculinidade forrozeira se constitui na performatividade que reproduz uma tradição nordestina de sentidos e valores sobre “o homem regional”, mas que, ao mesmo tempo, instaura outros modelos igualmente hegemônicos no âmbito das masculinidades. Concluímos salientando a necessidade de tematizar e problematizar sentidos naturalizados que, eventualmente, possam estar na base de desigualdades de gênero, exclusões, estigmas e objetificação feminina. ","PeriodicalId":41751,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguisticos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-08-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Perspectivas discursivo-pragmáticas das masculinidades no forró eletrônico nordestino\",\"authors\":\"Dina Maria Martins Ferreira, Gustavo Cândido Pinheiro\",\"doi\":\"10.20396/cel.v64i00.8666917\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo apresenta uma discussão conceitual e analítica sobre processos performativos implicados na construção e na naturalização do que vamos chamar de “masculinidade forrozeira”. Nosso objetivo é compreender o papel de determinados valores identitários envolvidos na circulação performativa de sentidos sobre masculinidade em jogos de linguagem da prática cultural forró eletrônico. O estudo se ampara nos aportes teórico-metodológicos da Nova Pragmática/Pragmática Cultural (RAJAGOPALAN; MARTINS FERREIRA, 2006; RAJAGOPALAN, 2010, 2016; ALENCAR; MARTINS FERREIRA, 2012; FABRÍCIO; PINTO, 2013; ALENCAR, 2014; PINTO, 2014) e nos estudos sobre identidades de gênero (BUTLER, 1997, 2000, 2003) com foco nas masculinidades (CONNELL, 1995; CONNELL; MESSERSCHMIDT, 2013; ALBUQUERQUE, 2000, 2003, 2010). O quadro analítico inclui as categorias avaliação, explicitação de autoimagem (PINTO, 2014) e retórica sinonímica (FIORIN, 2014). Os resultados indicam que a masculinidade forrozeira se constitui na performatividade que reproduz uma tradição nordestina de sentidos e valores sobre “o homem regional”, mas que, ao mesmo tempo, instaura outros modelos igualmente hegemônicos no âmbito das masculinidades. Concluímos salientando a necessidade de tematizar e problematizar sentidos naturalizados que, eventualmente, possam estar na base de desigualdades de gênero, exclusões, estigmas e objetificação feminina. \",\"PeriodicalId\":41751,\"journal\":{\"name\":\"Cadernos de Estudos Linguisticos\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2022-08-03\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Cadernos de Estudos Linguisticos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/cel.v64i00.8666917\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"LANGUAGE & LINGUISTICS\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Estudos Linguisticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/cel.v64i00.8666917","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
Perspectivas discursivo-pragmáticas das masculinidades no forró eletrônico nordestino
Este artigo apresenta uma discussão conceitual e analítica sobre processos performativos implicados na construção e na naturalização do que vamos chamar de “masculinidade forrozeira”. Nosso objetivo é compreender o papel de determinados valores identitários envolvidos na circulação performativa de sentidos sobre masculinidade em jogos de linguagem da prática cultural forró eletrônico. O estudo se ampara nos aportes teórico-metodológicos da Nova Pragmática/Pragmática Cultural (RAJAGOPALAN; MARTINS FERREIRA, 2006; RAJAGOPALAN, 2010, 2016; ALENCAR; MARTINS FERREIRA, 2012; FABRÍCIO; PINTO, 2013; ALENCAR, 2014; PINTO, 2014) e nos estudos sobre identidades de gênero (BUTLER, 1997, 2000, 2003) com foco nas masculinidades (CONNELL, 1995; CONNELL; MESSERSCHMIDT, 2013; ALBUQUERQUE, 2000, 2003, 2010). O quadro analítico inclui as categorias avaliação, explicitação de autoimagem (PINTO, 2014) e retórica sinonímica (FIORIN, 2014). Os resultados indicam que a masculinidade forrozeira se constitui na performatividade que reproduz uma tradição nordestina de sentidos e valores sobre “o homem regional”, mas que, ao mesmo tempo, instaura outros modelos igualmente hegemônicos no âmbito das masculinidades. Concluímos salientando a necessidade de tematizar e problematizar sentidos naturalizados que, eventualmente, possam estar na base de desigualdades de gênero, exclusões, estigmas e objetificação feminina.