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O presente artigo dedica-se a refletir sobre a construção do termo “comunista” e seu sentido pejorativo no curso da Guerra Fria, mais especificamente no contexto de emergências das ditaduras militares na região do Cone Sul, entre os anos 1960-1970. Foi utilizada a análise de conceitos para evidenciar as incoerências admoestadas, mas nunca combatidas, pela democracia liberal, por vezes acolhidas como legítimas do sistema. Os argumentos apresentados valeram-se da inspiração direta dos trabalhos de Hayden White e Renán Silva, por suas contribuições a respeito da construção do discurso e do ofício do historiador, além de Chantal Mouffe e Jacques Rancière pelas reflexões sobre a política, o político e o pluralismo democrático.