{"title":"Covid-19后工作的未来","authors":"José Paulo Zeetano Chahad","doi":"10.33148/CETROPICOV45N1(2021)ART6","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Desde o final do ano de 2019 a humanidade convive com a pandemia da COVID-19, que faz parecer que estamos próximos do Apocalipse, tamanha é a velocidade de contaminação do vírus, deixando um grande rastro de infectados e de mortos por onde passa. Esta pandemia trouxe consigo profundas consequências no campo econômico, na vida social e cultural, no modo de vida tradicional dos indivíduos e das famílias, na vida profissional, e no relacionamento entre os atores sociais, afetando, principalmente, o mercado de trabalho. Este artigo abordará o futuro do trabalho pós COVID-19. Para tanto se fundamentará na vasta literatura já existente sobre o tema. Inicialmente será apresentada uma visão geral da origem e da natureza das modificações que ocorrerão no mundo do trabalho, devido ao impacto global da pandemia, e da recessão que se seguiu. Três tópicos serão abordados, pois são aqueles que mais tem se destacado sob a ótica do futuro do trabalho: (a) trabalho remoto, home office e teletrabalho; (b) tecnologia, digitalização e automação; e (c) produtividade do trabalho. A constatação geral é que a COVID-19 aumentou o risco, bem como elevou os custos (sociais e econômicos) do contato físico entre os seres humanos. Como consequência acelerou os processos de automação, do trabalho remoto, do uso da inteligência artificial, da digitalização e da robotização, todos culminando por promover uma redução geral na demanda de trabalho (elevando o desemprego), contribuindo, assim, para diminuir o ritmo de crescimento dos salários. O efeito mais perverso seja, talvez, o fato de que o isolamento social tem causado na educação das populações jovens. Isto tem levado à evasão, e ao baixo rendimento escolar, juntamente com a erosão do capital humano provocado pelo aumento do desemprego de longo prazo. Estes tem sido fortes elementos a induzirem ao baixo nível de crescimento da produtividade do trabalho, quando não da sua estagnação. Todos estes impactos somados parecem estar levando a um mundo ainda mais desigual, afetando negativamente o desenvolvimento humano, bem como promovendo um avanço ainda maior dos níveis de pobreza.","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O futuro do trabalho pós Covid-19\",\"authors\":\"José Paulo Zeetano Chahad\",\"doi\":\"10.33148/CETROPICOV45N1(2021)ART6\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Desde o final do ano de 2019 a humanidade convive com a pandemia da COVID-19, que faz parecer que estamos próximos do Apocalipse, tamanha é a velocidade de contaminação do vírus, deixando um grande rastro de infectados e de mortos por onde passa. 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Desde o final do ano de 2019 a humanidade convive com a pandemia da COVID-19, que faz parecer que estamos próximos do Apocalipse, tamanha é a velocidade de contaminação do vírus, deixando um grande rastro de infectados e de mortos por onde passa. Esta pandemia trouxe consigo profundas consequências no campo econômico, na vida social e cultural, no modo de vida tradicional dos indivíduos e das famílias, na vida profissional, e no relacionamento entre os atores sociais, afetando, principalmente, o mercado de trabalho. Este artigo abordará o futuro do trabalho pós COVID-19. Para tanto se fundamentará na vasta literatura já existente sobre o tema. Inicialmente será apresentada uma visão geral da origem e da natureza das modificações que ocorrerão no mundo do trabalho, devido ao impacto global da pandemia, e da recessão que se seguiu. Três tópicos serão abordados, pois são aqueles que mais tem se destacado sob a ótica do futuro do trabalho: (a) trabalho remoto, home office e teletrabalho; (b) tecnologia, digitalização e automação; e (c) produtividade do trabalho. A constatação geral é que a COVID-19 aumentou o risco, bem como elevou os custos (sociais e econômicos) do contato físico entre os seres humanos. Como consequência acelerou os processos de automação, do trabalho remoto, do uso da inteligência artificial, da digitalização e da robotização, todos culminando por promover uma redução geral na demanda de trabalho (elevando o desemprego), contribuindo, assim, para diminuir o ritmo de crescimento dos salários. O efeito mais perverso seja, talvez, o fato de que o isolamento social tem causado na educação das populações jovens. Isto tem levado à evasão, e ao baixo rendimento escolar, juntamente com a erosão do capital humano provocado pelo aumento do desemprego de longo prazo. Estes tem sido fortes elementos a induzirem ao baixo nível de crescimento da produtividade do trabalho, quando não da sua estagnação. Todos estes impactos somados parecem estar levando a um mundo ainda mais desigual, afetando negativamente o desenvolvimento humano, bem como promovendo um avanço ainda maior dos níveis de pobreza.