Augusto Francisco Medeiros, Tales Abreu Tavares de Sousa, Nelson Libardi Junior, Rodrigo de Almeida Mohedano, Paulo Belli Filho
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Nesse contexto, a digestão anaeróbia (DA) tem sido amplamente utilizada no tratamento de resíduos, tanto para reduzir o volume final desses resíduos como para recuperar recursos como nutrientes, energia e água. De fato, a recuperação de energia, na forma de gás metano, tem sido o recurso mais visado. No entanto, recentes pesquisas demonstram que a utilização de dois ou mais resíduos, em processo de codigestão anaeróbia, pode elevar satisfatoriamente a produção de metano. O presente estudo avaliou a utilização de macrófitas aquáticas (MA) (Landoltia punctata, Pistia Stratoties e Salvinia molesta) como cossubstrato para digestão anaeróbia de resíduos sólidos orgânicos (RSO) de um restaurante universitário. A metodologia de pesquisa foi desenvolvida em três etapas: caracterização das macrófitas e do RSO, cálculo teórico de produção de metano da codigestão de ambos os substratos e uma etapa experimental avaliando os índices teóricos. A produção acumulada de metano utilizando somente RSO, e as proporções 10MA/90RSO e 50MA/50RSO foram de 236,98, 288,5 e 289,06 Nml.gSV-1. Foi verificado que a adição de pequenas porções de MA do tipo Landoltia punctata ao RSO eleva a produção de metano e que foi obtido acréscimo de 17% de metano para codigestão com 10 e com 50 % de Landoltia punctata. A redução de sólidos voláteis (SV) foi aproximadamente 28% superior nos processos de codigestão frente à DA de RSO, o que em escala real pode apresentar grandes benefícios econômicos e ambientais.\nPalavras-chave: Codigestão. Macrófitas aquáticas. Landoltia punctata. Resíduo sólido orgânico. 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Avaliação da produção de metano a partir da codigestão de resíduos sólidos orgânicos com macrófitas aquáticas
O inadequado gerenciamento de resíduos orgânicos é uma prática ambientalmente ultrapassada que deve ser evitada em pequena, média e larga escala. Por outro lado, a adequada disposição final desses resíduos implica em elevados custos operacionais, que se forem mal geridos ainda podem desencadear danos ambientais de difícil remediação, como a poluição de corpos hídricos, solo e atmosfera com a dispersão irrestrita de gases de efeito estufa, além das questões de saúde pública. É uma problemática que demanda soluções técnicas e integradoras que transformem essas adversidades em oportunidades sociais e econômicas. Nesse contexto, a digestão anaeróbia (DA) tem sido amplamente utilizada no tratamento de resíduos, tanto para reduzir o volume final desses resíduos como para recuperar recursos como nutrientes, energia e água. De fato, a recuperação de energia, na forma de gás metano, tem sido o recurso mais visado. No entanto, recentes pesquisas demonstram que a utilização de dois ou mais resíduos, em processo de codigestão anaeróbia, pode elevar satisfatoriamente a produção de metano. O presente estudo avaliou a utilização de macrófitas aquáticas (MA) (Landoltia punctata, Pistia Stratoties e Salvinia molesta) como cossubstrato para digestão anaeróbia de resíduos sólidos orgânicos (RSO) de um restaurante universitário. A metodologia de pesquisa foi desenvolvida em três etapas: caracterização das macrófitas e do RSO, cálculo teórico de produção de metano da codigestão de ambos os substratos e uma etapa experimental avaliando os índices teóricos. A produção acumulada de metano utilizando somente RSO, e as proporções 10MA/90RSO e 50MA/50RSO foram de 236,98, 288,5 e 289,06 Nml.gSV-1. Foi verificado que a adição de pequenas porções de MA do tipo Landoltia punctata ao RSO eleva a produção de metano e que foi obtido acréscimo de 17% de metano para codigestão com 10 e com 50 % de Landoltia punctata. A redução de sólidos voláteis (SV) foi aproximadamente 28% superior nos processos de codigestão frente à DA de RSO, o que em escala real pode apresentar grandes benefícios econômicos e ambientais.
Palavras-chave: Codigestão. Macrófitas aquáticas. Landoltia punctata. Resíduo sólido orgânico. Metano.