Rodrigo Seikiti Kian, Victor de Aguiar Barbosa Scaliante, Tiago Breve da Silva
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Os mecanismos fisiopatológicos da obesidade envolvem uma complexa interação entre o apetite, ingestão alimentar, atividade física, balanço energético, utilização de calorias, história familiar, microbiota intestinal, fatores genéticos e epigenéticos. Sem intervenções, estima-se que os custos atribuídos ao sobrepeso, obesidade e doenças relacionadas chegará a U$ 330,447 bilhões até o ano de 2050. Até o final do ano de 2007, nenhum estado havia adotado legislações abrangentes para aumento do acesso a atividades físicas, aumento do acesso a alimentos saudáveis e diminuição do acesso aos alimentos obesogênicos. A análise epidemiológica demonstrou um crescimento significativo da prevalência de obesidade e sobrepeso na população brasileira entre 2013 e 2019. 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Obesidade no Brasil entre os anos de 2013 e 2019: uma revisão narrativa da literatura e análise epidemiológica
O objetivo do presente estudo foi reunir evidências sobre a obesidade no Brasil e avaliar as tendências temporais da prevalência da obesidade no Brasil entre os anos de 2013 e 2019. A revisão narrativa de literatura foi elaborada a partir da diretriz Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analysiss (PRISMA). A busca na literatura foi conduzida nas bases de dados PubMed e SciELO. Para avaliação das tendências temporais da prevalência da obesidade no Brasil entre os anos de 2013 e 2019, foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) obtidos na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Os mecanismos fisiopatológicos da obesidade envolvem uma complexa interação entre o apetite, ingestão alimentar, atividade física, balanço energético, utilização de calorias, história familiar, microbiota intestinal, fatores genéticos e epigenéticos. Sem intervenções, estima-se que os custos atribuídos ao sobrepeso, obesidade e doenças relacionadas chegará a U$ 330,447 bilhões até o ano de 2050. Até o final do ano de 2007, nenhum estado havia adotado legislações abrangentes para aumento do acesso a atividades físicas, aumento do acesso a alimentos saudáveis e diminuição do acesso aos alimentos obesogênicos. A análise epidemiológica demonstrou um crescimento significativo da prevalência de obesidade e sobrepeso na população brasileira entre 2013 e 2019. Tal tendência evidencia que as políticas públicas propostas para o enfrentamento da obesidade permanecem falhas, o que levanta preocupações legítimas relacionadas a estrutura, acesso, organização e gestão dos serviços em saúde no Brasil.