{"title":"城市食物景观--解读当代城市的一种方式","authors":"Mónica Filipa Martins Guerra da Rocha","doi":"10.55905/revconv.17n.8-116","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Todas as interações que os sujeitos têm com a comida (onde comem, quando, com quem, o quê, em que contextos etc.) definem e são definidas pelos territórios e as sociabilidades neles inseridas. Esta comunicação tem como objetivo refletir sobre a possibilidade de as paisagens alimentares urbanas, entendidas enquanto resultado do nexus entre sujeitos-comida-territórios, serem produtoras de espaço-tempo social, aproximando a prática e o sistema alimentar do estudo das urbanidades a partir de uma integração desta com as dimensões de espaço-tempo social propostas por Lefebvre. Os resultados são obtidos a partir de uma revisão de literatura, e ilustrada por exemplos em contextos multidisciplinares onde o nexus comida-pessoas-territórios desvenda possibilidades de ler espaço(s), tempo(s) e sociabilidade(s). Argumenta-se que todo o comer é, ultimamente, a experiência de habitar (e digerir) o mundo, e uma forma de urbanidade que reproduz, produz e é produzida pela interseção entre o espaço produzido, o espaço praticado e o espaço representacional. Sendo o único ato fisiológico e sensorial absolutamente condicionado culturalmente, compartilhado e espacializado em uma rede possivelmente infinita de relações, comer poderá constituir uma experiência radical de produção de espaço-tempo social.","PeriodicalId":322440,"journal":{"name":"CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES","volume":"72 21","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-08-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Paisagens alimentares urbanas – uma possibilidade de leitura das urbanidades contemporâneas\",\"authors\":\"Mónica Filipa Martins Guerra da Rocha\",\"doi\":\"10.55905/revconv.17n.8-116\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Todas as interações que os sujeitos têm com a comida (onde comem, quando, com quem, o quê, em que contextos etc.) definem e são definidas pelos territórios e as sociabilidades neles inseridas. Esta comunicação tem como objetivo refletir sobre a possibilidade de as paisagens alimentares urbanas, entendidas enquanto resultado do nexus entre sujeitos-comida-territórios, serem produtoras de espaço-tempo social, aproximando a prática e o sistema alimentar do estudo das urbanidades a partir de uma integração desta com as dimensões de espaço-tempo social propostas por Lefebvre. Os resultados são obtidos a partir de uma revisão de literatura, e ilustrada por exemplos em contextos multidisciplinares onde o nexus comida-pessoas-territórios desvenda possibilidades de ler espaço(s), tempo(s) e sociabilidade(s). Argumenta-se que todo o comer é, ultimamente, a experiência de habitar (e digerir) o mundo, e uma forma de urbanidade que reproduz, produz e é produzida pela interseção entre o espaço produzido, o espaço praticado e o espaço representacional. Sendo o único ato fisiológico e sensorial absolutamente condicionado culturalmente, compartilhado e espacializado em uma rede possivelmente infinita de relações, comer poderá constituir uma experiência radical de produção de espaço-tempo social.\",\"PeriodicalId\":322440,\"journal\":{\"name\":\"CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES\",\"volume\":\"72 21\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-08-09\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.55905/revconv.17n.8-116\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55905/revconv.17n.8-116","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Paisagens alimentares urbanas – uma possibilidade de leitura das urbanidades contemporâneas
Todas as interações que os sujeitos têm com a comida (onde comem, quando, com quem, o quê, em que contextos etc.) definem e são definidas pelos territórios e as sociabilidades neles inseridas. Esta comunicação tem como objetivo refletir sobre a possibilidade de as paisagens alimentares urbanas, entendidas enquanto resultado do nexus entre sujeitos-comida-territórios, serem produtoras de espaço-tempo social, aproximando a prática e o sistema alimentar do estudo das urbanidades a partir de uma integração desta com as dimensões de espaço-tempo social propostas por Lefebvre. Os resultados são obtidos a partir de uma revisão de literatura, e ilustrada por exemplos em contextos multidisciplinares onde o nexus comida-pessoas-territórios desvenda possibilidades de ler espaço(s), tempo(s) e sociabilidade(s). Argumenta-se que todo o comer é, ultimamente, a experiência de habitar (e digerir) o mundo, e uma forma de urbanidade que reproduz, produz e é produzida pela interseção entre o espaço produzido, o espaço praticado e o espaço representacional. Sendo o único ato fisiológico e sensorial absolutamente condicionado culturalmente, compartilhado e espacializado em uma rede possivelmente infinita de relações, comer poderá constituir uma experiência radical de produção de espaço-tempo social.