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Com o novo formato, a disciplina de Sociologia sofreu com a redução de sua carga horária, tendo em vista que, com a nova configuração, o currículo se encontra organizado em Itinerários Formativos, a quais estão distribuídos em três componentes, sendo, eles Aprofundamento, Eletivas e Projeto de Vida para com os quais estes componentes devem conversar com os quatro eixos estruturantes (Investigação Cientifica, Mediação e Intervenção Sociocultural, Processos Criativos e Empreendedorismo), voltando-se, portanto, para uma formação técnica e profissional. Ao privilegiar uma educação utilitária e mercadológica, a reforma passa a corroborar com os interesses predominantes de grandes corporações particulares do setor educacional, bem como a preparação de mão de obra para fomentar a economia capitalista, contribuindo desta maneira com a precarização da educação pública brasileira. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre as transformações e impactos em torno da disciplina de Sociologia com a reforma do ensino médio, na rede estadual do município de São Bernardo, estado do Maranhão. Metodologicamente, optou-se, pela pesquisa de cunho qualitativa empregando métodos da Antropologia como a escrita do diário de campo. A escrita deu-se também mediante o arcabouço teórico disponível e os dados adquiridos com a entrada dos pesquisadores em campo. Participou da pesquisa um professor da disciplina de Sociologia da respectiva rede de ensino. Como conclusão, apontamos alguns dos problemas atualmente vivenciados por professores da rede de ensino do estado do Maranhão que já vinham antes mesmo da aprovação da reforma, como a falta de infraestrutura adequada das escolas para a real oferta e garantia dos itinerários formativos. 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AS TRANSFORMAÇÕES NA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA COM A REFORMA DO ENSINO MÉDIO NO INTERIOR DO ESTADO DO MARANHÃO
Com a implementação da Medida Provisória 746 (MP 746/20162), que, posteriormente, tornou-se a Lei 13.145/20173, mediante sua aprovação no Congresso Nacional vigorou no Brasil uma política de enfraquecimento entorno das políticas públicas educacionais e da produção da Ciência, em contrapartida ao alinhamento e fortalecimento de tendências neoliberais. Com o novo formato, a disciplina de Sociologia sofreu com a redução de sua carga horária, tendo em vista que, com a nova configuração, o currículo se encontra organizado em Itinerários Formativos, a quais estão distribuídos em três componentes, sendo, eles Aprofundamento, Eletivas e Projeto de Vida para com os quais estes componentes devem conversar com os quatro eixos estruturantes (Investigação Cientifica, Mediação e Intervenção Sociocultural, Processos Criativos e Empreendedorismo), voltando-se, portanto, para uma formação técnica e profissional. Ao privilegiar uma educação utilitária e mercadológica, a reforma passa a corroborar com os interesses predominantes de grandes corporações particulares do setor educacional, bem como a preparação de mão de obra para fomentar a economia capitalista, contribuindo desta maneira com a precarização da educação pública brasileira. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre as transformações e impactos em torno da disciplina de Sociologia com a reforma do ensino médio, na rede estadual do município de São Bernardo, estado do Maranhão. Metodologicamente, optou-se, pela pesquisa de cunho qualitativa empregando métodos da Antropologia como a escrita do diário de campo. A escrita deu-se também mediante o arcabouço teórico disponível e os dados adquiridos com a entrada dos pesquisadores em campo. Participou da pesquisa um professor da disciplina de Sociologia da respectiva rede de ensino. Como conclusão, apontamos alguns dos problemas atualmente vivenciados por professores da rede de ensino do estado do Maranhão que já vinham antes mesmo da aprovação da reforma, como a falta de infraestrutura adequada das escolas para a real oferta e garantia dos itinerários formativos.