Talita Queiroz Ferraz Talita Queiroz Ferraz, B. Zanuto, Ivan Igor de Oliveira Sobrinho, Andressa Pascale Rosado dos Anjos Saraiva, Camila Vieira de Almeida Figueiredo, Gustavo Fonseca de Melo, Jonathan Henrique Holanda Linhares Pedrosa, Nayalla Jales Maia Pedrosa, Luiza Melo castor Azevedo, Maria Beatriz Lins Sadala, Uenderson Alivad Oliveira da Silva, Luiza Silva Catão Ribeiro, Naysa Gabrielly Alves de Andrade, Bruna Rocha Torres Gonçalves
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Este procedimento corroborou a teoria de Hughlings Jackson sobre a etiologia da epilepsia focal.No século XX, Wilder Penfield, neurocirurgião canadense, revolucionou a cirurgia para epilepsia utilizando o eletroencefalograma (EEG) para mapear áreas epileptogênicas do cérebro. Na década de 1930, suas técnicas foram inovadoras, permitindo identificar com precisão as áreas cerebrais responsáveis pelas crises epilépticas. Suas descobertas foram aplicadas inicialmente em adultos, mas abriram caminho para intervenções em crianças. Diversos avanços ocorreram no início do século XX. Em 1949, Penfield padronizou a técnica para lobectomia temporal, enquanto o médico inglês Murray Falconer ampliou o entendimento da epilepsia no lobo temporal, particularmente em crianças. Theodore Rasmussen desenvolveu a hemisferectomia funcional, e Wieser descreveu a abordagem seletiva de amigdalo-hipocampectomia para epilepsia temporal mesial. A cirurgia de epilepsia pediátrica é crucial devido aos impactos negativos das convulsões mal controladas e uso prolongado de medicamentos antiepilépticos no desenvolvimento neurológico infantil. Estudos entre 1996 e 2015 mostram uma taxa de eficácia de 80% em pacientes submetidos a cirurgia antes dos três anos de idade, destacando a plasticidade neuronal em crianças. A Liga Internacional Contra a Epilepsia (ILAE) recomenda que pacientes com epilepsia refratária a medicamentos sejam avaliados para cirurgia. A ILAE define \"epilepsia resistente a medicamentos\" como a falha em alcançar liberdade de crises após dois esquemas de medicamentos antiepilépticos. Além disso, outros candidatos à cirurgia incluem pacientes com displasia cortical, esclerose tuberosa, polimicrogiria, e outras condições. 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Tratamento cirúrgico de Epilepsia em pacientes pediátricos: uma revisão abrangente
O primeiro procedimento cirúrgico para tratar crises epilépticas foi realizado em 1886 por Victor Horsley, removendo cicatrizes cerebrais em um paciente de 22 anos, resultando na cessação das crises. Este procedimento corroborou a teoria de Hughlings Jackson sobre a etiologia da epilepsia focal.No século XX, Wilder Penfield, neurocirurgião canadense, revolucionou a cirurgia para epilepsia utilizando o eletroencefalograma (EEG) para mapear áreas epileptogênicas do cérebro. Na década de 1930, suas técnicas foram inovadoras, permitindo identificar com precisão as áreas cerebrais responsáveis pelas crises epilépticas. Suas descobertas foram aplicadas inicialmente em adultos, mas abriram caminho para intervenções em crianças. Diversos avanços ocorreram no início do século XX. Em 1949, Penfield padronizou a técnica para lobectomia temporal, enquanto o médico inglês Murray Falconer ampliou o entendimento da epilepsia no lobo temporal, particularmente em crianças. Theodore Rasmussen desenvolveu a hemisferectomia funcional, e Wieser descreveu a abordagem seletiva de amigdalo-hipocampectomia para epilepsia temporal mesial. A cirurgia de epilepsia pediátrica é crucial devido aos impactos negativos das convulsões mal controladas e uso prolongado de medicamentos antiepilépticos no desenvolvimento neurológico infantil. Estudos entre 1996 e 2015 mostram uma taxa de eficácia de 80% em pacientes submetidos a cirurgia antes dos três anos de idade, destacando a plasticidade neuronal em crianças. A Liga Internacional Contra a Epilepsia (ILAE) recomenda que pacientes com epilepsia refratária a medicamentos sejam avaliados para cirurgia. A ILAE define "epilepsia resistente a medicamentos" como a falha em alcançar liberdade de crises após dois esquemas de medicamentos antiepilépticos. Além disso, outros candidatos à cirurgia incluem pacientes com displasia cortical, esclerose tuberosa, polimicrogiria, e outras condições. Atualmente, existem diversas cirurgias para mitigar ou até mesmo, excluir por total, as crises epilépticas, são elas: ressecção temporal, ressecção extratemporal, hemisferectomia, lesionectomia temporal, calosotomia e amigdalohipocampectomia seletiva.