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摘要
在我们庆祝独立二百周年之际,我们提出了一个关于民族身份构成过程问题的思考。这幅画的主题是 1919 年作品《A Pátria》中颇具争议的巴西共和国国旗制作过程。虽然这幅画的作者并不致力于个人主义的定量表现,但这一场景却被称为本杰明-康斯坦特的妻子和女儿们制作共和国国旗的第一个副本。然而,与建构和操纵的社会记忆相反,巴西共和国的第一面国旗是由弗洛拉-西玛斯-德-卡瓦略(Flora Simas de Carvalho)绣制的。艺术作品允许在作者设定的一定范围内进行解读。除了那些被突出的人,那些被遗忘的人又代表了什么呢?
Ao comemorarmos o bicentenário da independência, propomos uma reflexão que toca a questão do processo de constituição da identidade nacional. O objeto é a polêmica representação da confecção da bandeira do Brasil Republicano como signo imagético na obra A Pátria, de 1919. Apesar de o autor do quadro não se comprometer com uma representação personalista e quantitativa, a cena ficou conhecida como a confecção do primeiro exemplar da bandeira republicana pela esposa e filhas de Benjamin Constant. Entretanto, diferente do que aponta a memória social construída e manipulada, a primeira bandeira do Brasil Republicano foi bordada por Flora Simas de Carvalho, que teria passado pela vida no anonimato, não fosse esse feito. A obra de arte se permite interpretar dentro de certos limites estabelecidos pelo autor. Para além dos que nela são evidenciados, o querepresentam os que são esquecidos?