Jeremias Campos Simões, Silvanir Destefani Sartori, Maria Angélica Carvalho Andrade
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O espectro de violência contra a mulher é alicerçado no pressuposto discursivo de que há assimetria entre gêneros e apresenta-se como grave problema de saúde pública e violação de direitos humanos. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é compreender a violência contra a mulher a partir das expressões das trabalhadoras e trabalhadores de saúde, metaforicamente como em movimento osmótico. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, que empregou o uso da análise de sentidos para alcançar as compreensões das falas dos participantes. Assim, essas compreensões foram dispostas em histórias, construídas a partir de comentários dos participantes, obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas. Os resultados apontam que o espectro de violência se manifesta de forma dinâmica e atinge diversos atores sociais, e, portanto, não é um problema que deve ser enfrentado considerando apenas o agressor e a mulher violentada. Desvelam também que as intervenções em saúde das trabalhadoras e trabalhadores atuantes no cenário da Unidade Básica de Saúde (UBS) acerca da violência contra a mulher, metaforicamente se consolidam como em movimento osmótico. Dessa forma, o enfrentamento a violência contra a mulher deve ser estruturado com as possibilidades de encaminhamentos pertinentes à proteção da integridade da mulher violentada; locais disponíveis para abrigamento; estratégias para subsistência; acionamento da rede de sociabilidade.