Eder Paulo Spatti Junior, Fabiano Tomazini da Conceição, Diego Souza Sardinha, Alexandre Martins Fernandes
{"title":"圣保罗外围洼地的剥蚀平衡","authors":"Eder Paulo Spatti Junior, Fabiano Tomazini da Conceição, Diego Souza Sardinha, Alexandre Martins Fernandes","doi":"10.26848/rbgf.v17.4.p2991-3007","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A determinação do balanço de denudação através das taxas de erosão química (intemperismo das rochas) e mecânica (remoção dos solos) é essencial para o entendimento da evolução geomorfológica em uma bacia hidrográfica. A bacia hidrográfica do Rio Corumbataí, pertencente a Depressão Periférica Paulista, tem sua geologia composta por rochas sedimentares, principalmente arenitos e argilitos. No intuito de proporcionar novos conhecimentos sobre a atual evolução geomorfológica no estado de São Paulo, o objetivo deste trabalho foi determinar o balanço de denudação na Depressão Periférica Paulista, utilizando dados hidrológicos, hidroquímicos, das rochas e dos solos. Para isso, foram escolhidas duas bacias hidrográficas de pequeno porte com composição litológica predominantemente arenosa e argilosa, ou seja, as bacias dos ribeirões Monjolo Grande e Jacutinga, respectivamente. As taxas de erosão química foram de 16,4 m/Ma para a bacia do ribeirão Monjolo Grande e 6,6 m/Ma para a bacia do Ribeirão Jacutinga. As taxas de erosão mecânica foram de 29,2 m/Ma para a bacia do Ribeirão Monjolo Grande e 11,8 m/Ma para a bacia Ribeirão Jacutinga. A diferença das velocidades de formação dos perfis de alteração e remoção dos solos leva a um desequilíbrio no balanço de denudação, com taxas de denudação de 12,8 m/Ma e 5,2 m/Ma para as bacias dos ribeirões Monjolo Grande e Jacutinga, respectivamente. Tais valores refletem a influência fundamental da litologia, declividade e clima na evolução geomorfológica. Entretanto, as mudanças atuais no uso da terra podem estar aumentando a erosão mecânica, influenciando diretamente o balanço de denudação.","PeriodicalId":436739,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Geografia Física","volume":"106 17","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Balanço de denudação na Depressão Periférica Paulista\",\"authors\":\"Eder Paulo Spatti Junior, Fabiano Tomazini da Conceição, Diego Souza Sardinha, Alexandre Martins Fernandes\",\"doi\":\"10.26848/rbgf.v17.4.p2991-3007\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A determinação do balanço de denudação através das taxas de erosão química (intemperismo das rochas) e mecânica (remoção dos solos) é essencial para o entendimento da evolução geomorfológica em uma bacia hidrográfica. A bacia hidrográfica do Rio Corumbataí, pertencente a Depressão Periférica Paulista, tem sua geologia composta por rochas sedimentares, principalmente arenitos e argilitos. No intuito de proporcionar novos conhecimentos sobre a atual evolução geomorfológica no estado de São Paulo, o objetivo deste trabalho foi determinar o balanço de denudação na Depressão Periférica Paulista, utilizando dados hidrológicos, hidroquímicos, das rochas e dos solos. Para isso, foram escolhidas duas bacias hidrográficas de pequeno porte com composição litológica predominantemente arenosa e argilosa, ou seja, as bacias dos ribeirões Monjolo Grande e Jacutinga, respectivamente. As taxas de erosão química foram de 16,4 m/Ma para a bacia do ribeirão Monjolo Grande e 6,6 m/Ma para a bacia do Ribeirão Jacutinga. As taxas de erosão mecânica foram de 29,2 m/Ma para a bacia do Ribeirão Monjolo Grande e 11,8 m/Ma para a bacia Ribeirão Jacutinga. A diferença das velocidades de formação dos perfis de alteração e remoção dos solos leva a um desequilíbrio no balanço de denudação, com taxas de denudação de 12,8 m/Ma e 5,2 m/Ma para as bacias dos ribeirões Monjolo Grande e Jacutinga, respectivamente. Tais valores refletem a influência fundamental da litologia, declividade e clima na evolução geomorfológica. Entretanto, as mudanças atuais no uso da terra podem estar aumentando a erosão mecânica, influenciando diretamente o balanço de denudação.\",\"PeriodicalId\":436739,\"journal\":{\"name\":\"Revista Brasileira de Geografia Física\",\"volume\":\"106 17\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-07-23\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Brasileira de Geografia Física\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.26848/rbgf.v17.4.p2991-3007\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Geografia Física","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26848/rbgf.v17.4.p2991-3007","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Balanço de denudação na Depressão Periférica Paulista
A determinação do balanço de denudação através das taxas de erosão química (intemperismo das rochas) e mecânica (remoção dos solos) é essencial para o entendimento da evolução geomorfológica em uma bacia hidrográfica. A bacia hidrográfica do Rio Corumbataí, pertencente a Depressão Periférica Paulista, tem sua geologia composta por rochas sedimentares, principalmente arenitos e argilitos. No intuito de proporcionar novos conhecimentos sobre a atual evolução geomorfológica no estado de São Paulo, o objetivo deste trabalho foi determinar o balanço de denudação na Depressão Periférica Paulista, utilizando dados hidrológicos, hidroquímicos, das rochas e dos solos. Para isso, foram escolhidas duas bacias hidrográficas de pequeno porte com composição litológica predominantemente arenosa e argilosa, ou seja, as bacias dos ribeirões Monjolo Grande e Jacutinga, respectivamente. As taxas de erosão química foram de 16,4 m/Ma para a bacia do ribeirão Monjolo Grande e 6,6 m/Ma para a bacia do Ribeirão Jacutinga. As taxas de erosão mecânica foram de 29,2 m/Ma para a bacia do Ribeirão Monjolo Grande e 11,8 m/Ma para a bacia Ribeirão Jacutinga. A diferença das velocidades de formação dos perfis de alteração e remoção dos solos leva a um desequilíbrio no balanço de denudação, com taxas de denudação de 12,8 m/Ma e 5,2 m/Ma para as bacias dos ribeirões Monjolo Grande e Jacutinga, respectivamente. Tais valores refletem a influência fundamental da litologia, declividade e clima na evolução geomorfológica. Entretanto, as mudanças atuais no uso da terra podem estar aumentando a erosão mecânica, influenciando diretamente o balanço de denudação.