Natália Fernandes Teixeira Alves, Luana Elayne Cunha de Souza
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Só uma cantada? Análise da percepção do assédio de rua a partir do sexismo ambivalente
Este estudo objetivou analisar a percepção do assédio de rua no contexto brasileiro. Participaram 323 pessoas da população geral, com idades variando entre 18 e 65 anos (M=27,5; DP=8,10), as quais responderam a um questionário online com situações fictícias de assédio de rua, medidas de percepção do assédio, uma questão aberta e perguntas sociodemográficas. Os resultados quantitativos mostraram que os participantes percebem o assédio como um comportamento sexista; contudo, mulheres percebem mais do que homens. Essa percepção varia de acordo com o contexto em que o assédio ocorre, ou seja, o assédio que acontece na rua é visto como mais sexista do que quando ocorre em uma festa. Ademais, os resultados mostram que o sexismo hostil influencia significativamente de forma negativa a percepção do assédio de rua. Além disso, os resultados qualitativos convergem com o que foi encontrado nos dados quantitativos, de modo que as pessoas percebem e justificam a situação ocorrida como assédio.