Perigos da intoxicação por paracetamol em cães e gatos: revisão sistemática de literatura

A intoxicação por paracetamol em pequenos animais pode ser fatal mesmo em pequenas quantidades, esse fármaco é administrado via oral, metabolizado no fígado e excretado na urina, podendo causar danos graves ao fígado e afetar outros órgãos. Gatos são mais sensíveis devido à ausência da enzima glicuronil transferase. Os principais intomas podem surgir de 1 a 4 horas após a ingestão. O diagnóstico se baseia no histórico de exposição e sinais clínicos, inclui hemograma, bioquímica, urinálise e dosagem de paracetamol no plasma. Quanto ao tratamento, é utilizado primordialmente a N-acetilcisteína e outros fármacos como S-adenosilmetionina, procedimentos como lavagem gástrica podem ser adicionados para acelerar a desintoxicação. Com o objetivo de realizar uma revisão sistemática dos artigos publicados sobre o assunto, através de uma revisão sobre farmacologia, sinais clínicos, diagnóstico e tratamento, foi realizada uma pesquisa utilizando as bases de dados Scielo e Google scholar. Sete artigos foram selecionados e revisados, dentre eles quatro (57,14%) sobre felinos, um (14,28%) sobre caninos, três (23,07%) sobre felinos e caninos e dois (28,57%) sobre humanos. Constatou-se que os estudos sobre o assunto estão avançando cada vez mais, porém ainda conta com literatura científica incipiente. É indiscutível que as intoxicações por paracetamol representam um sério risco à saúde dos animais, com potencial para causar danos hepáticos irreversíveis e até mesmo levar à morte e a conscientização de tutores e o conhecimento acerca das consequências que ele pode causar no organismo de cães e gatos ainda precisa ser mais abordado e discutido.