{"title":"巴西登革热死亡的风险因素:一项生态研究","authors":"F. Sousa, T. C. Paradella","doi":"10.22278/2318-2660.2024.v48.n2.a4282","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo identificar os fatores de risco de morte por dengue no Brasil. Para isso, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Morbidade Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), foram levantados os dados referentes às mortes por dengue ocorridas no Brasil entre 1 de janeiro de 2014 a 11 de março de 2024. A partir desses dados, foram calculados os riscos relativos para as seguintes variáveis: sexo, raça, faixa etária, escolaridade e sorotipo, adotando-se o nível de significância de 5% e o intervalo de confiança de 95%. Em relação ao sexo, os homens apresentaram maior risco de morte (RR: 1,24; IC95%: 0,76–0,84) em comparação às mulheres. Quanto à raça, brancos (RR: 1,18; IC 95%: 1,12–1,25) e amarelos (RR: 1,33; IC95%: 1,07–1,66) exibiram um risco significativamente maior do que as demais. Pessoas com 60 anos ou mais apresentaram risco de morte 7,74 vezes maior (RR: 7,74; IC95%: 7,38–8,11) em comparação às outras faixas etárias. Pessoas analfabetas ou que estudaram só até a 4a série do ensino fundamental tiveram um risco três vezes maior (RR: 3,00; IC95%: 2,79–3,23) do que aquelas com mais anos de estudo. O sorotipo DENV-2, por sua vez, aumentou 1,61 vezes o risco de morte (RR: 1,61; IC95%: 1,43–1,80) em relação aos demais sorotipos, enquanto o DENV-3 aumentou 2,94 vezes (RR: 2,94; IC95%: 1,68–5,15). Foi possível deduzir que sexo, raça, faixa etária, escolaridade e sorotipo são fatores de risco de morte por dengue, devendo, portanto, ser considerados na elaboração de políticas públicas de combate à dengue.","PeriodicalId":496878,"journal":{"name":"Revista Baiana de Saúde Pública","volume":"9 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Fatores de risco de morte por dengue no brasil: um estudo ecológico\",\"authors\":\"F. Sousa, T. C. Paradella\",\"doi\":\"10.22278/2318-2660.2024.v48.n2.a4282\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo tem por objetivo identificar os fatores de risco de morte por dengue no Brasil. Para isso, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Morbidade Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), foram levantados os dados referentes às mortes por dengue ocorridas no Brasil entre 1 de janeiro de 2014 a 11 de março de 2024. A partir desses dados, foram calculados os riscos relativos para as seguintes variáveis: sexo, raça, faixa etária, escolaridade e sorotipo, adotando-se o nível de significância de 5% e o intervalo de confiança de 95%. Em relação ao sexo, os homens apresentaram maior risco de morte (RR: 1,24; IC95%: 0,76–0,84) em comparação às mulheres. Quanto à raça, brancos (RR: 1,18; IC 95%: 1,12–1,25) e amarelos (RR: 1,33; IC95%: 1,07–1,66) exibiram um risco significativamente maior do que as demais. Pessoas com 60 anos ou mais apresentaram risco de morte 7,74 vezes maior (RR: 7,74; IC95%: 7,38–8,11) em comparação às outras faixas etárias. Pessoas analfabetas ou que estudaram só até a 4a série do ensino fundamental tiveram um risco três vezes maior (RR: 3,00; IC95%: 2,79–3,23) do que aquelas com mais anos de estudo. O sorotipo DENV-2, por sua vez, aumentou 1,61 vezes o risco de morte (RR: 1,61; IC95%: 1,43–1,80) em relação aos demais sorotipos, enquanto o DENV-3 aumentou 2,94 vezes (RR: 2,94; IC95%: 1,68–5,15). Foi possível deduzir que sexo, raça, faixa etária, escolaridade e sorotipo são fatores de risco de morte por dengue, devendo, portanto, ser considerados na elaboração de políticas públicas de combate à dengue.\",\"PeriodicalId\":496878,\"journal\":{\"name\":\"Revista Baiana de Saúde Pública\",\"volume\":\"9 9\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-07-26\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Baiana de Saúde Pública\",\"FirstCategoryId\":\"0\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.22278/2318-2660.2024.v48.n2.a4282\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Baiana de Saúde Pública","FirstCategoryId":"0","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22278/2318-2660.2024.v48.n2.a4282","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Fatores de risco de morte por dengue no brasil: um estudo ecológico
Este artigo tem por objetivo identificar os fatores de risco de morte por dengue no Brasil. Para isso, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Morbidade Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), foram levantados os dados referentes às mortes por dengue ocorridas no Brasil entre 1 de janeiro de 2014 a 11 de março de 2024. A partir desses dados, foram calculados os riscos relativos para as seguintes variáveis: sexo, raça, faixa etária, escolaridade e sorotipo, adotando-se o nível de significância de 5% e o intervalo de confiança de 95%. Em relação ao sexo, os homens apresentaram maior risco de morte (RR: 1,24; IC95%: 0,76–0,84) em comparação às mulheres. Quanto à raça, brancos (RR: 1,18; IC 95%: 1,12–1,25) e amarelos (RR: 1,33; IC95%: 1,07–1,66) exibiram um risco significativamente maior do que as demais. Pessoas com 60 anos ou mais apresentaram risco de morte 7,74 vezes maior (RR: 7,74; IC95%: 7,38–8,11) em comparação às outras faixas etárias. Pessoas analfabetas ou que estudaram só até a 4a série do ensino fundamental tiveram um risco três vezes maior (RR: 3,00; IC95%: 2,79–3,23) do que aquelas com mais anos de estudo. O sorotipo DENV-2, por sua vez, aumentou 1,61 vezes o risco de morte (RR: 1,61; IC95%: 1,43–1,80) em relação aos demais sorotipos, enquanto o DENV-3 aumentou 2,94 vezes (RR: 2,94; IC95%: 1,68–5,15). Foi possível deduzir que sexo, raça, faixa etária, escolaridade e sorotipo são fatores de risco de morte por dengue, devendo, portanto, ser considerados na elaboração de políticas públicas de combate à dengue.