Ana Clara Felipe Magalhães, Larissa Karen Fernandes Rodrigues Pesah, Luísa Bambirra Pereira, Nayron Arthur Correia Farias, Sarah Ferreira Lopes
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Além disso, a inflamação pode afetar outras áreas do trato genital, levando a dor e desconforto crônicos. No contexto obstétrico, a doença apresenta desafios significativos, pois pode estar associada a complicações como abortos espontâneos e partos prematuros. A inflamação sistêmica pode impactar a gravidez, exigindo um monitoramento rigoroso e um manejo cuidadoso da paciente gestante. O tratamento da Doença de Behçet requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo dermatologistas, ginecologistas, reumatologistas, e, quando necessário, outros especialistas como oftalmologistas e neurologistas. A terapia imunossupressora e anti-inflamatória é frequentemente necessária para controlar os sintomas e prevenir exacerbações. Quanto às intervenções cirúrgicas, estas são indicadas em casos específicos, como em complicações vasculares graves ou em lesões que não respondem ao tratamento convencional. 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A Doença de Behçet é uma condição inflamatória crônica que se manifesta através de uma variedade de sintomas, afetando múltiplos sistemas do corpo. Entre as manifestações dermatológicas, destacam-se as úlceras orais recorrentes, que são frequentemente o primeiro sinal da doença. Além disso, a condição pode causar lesões cutâneas como eritema nodoso e pseudofoliculite. Essas manifestações cutâneas não só impactam a qualidade de vida dos pacientes, mas também são indicativas da atividade inflamatória subjacente da doença. No âmbito ginecológico, pode apresentar-se através de úlceras genitais dolorosas, que são comuns e podem ser debilitantes para as mulheres. Essas úlceras, semelhantes às orais, tendem a ser recorrentes e podem causar cicatrizes. Além disso, a inflamação pode afetar outras áreas do trato genital, levando a dor e desconforto crônicos. No contexto obstétrico, a doença apresenta desafios significativos, pois pode estar associada a complicações como abortos espontâneos e partos prematuros. A inflamação sistêmica pode impactar a gravidez, exigindo um monitoramento rigoroso e um manejo cuidadoso da paciente gestante. O tratamento da Doença de Behçet requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo dermatologistas, ginecologistas, reumatologistas, e, quando necessário, outros especialistas como oftalmologistas e neurologistas. A terapia imunossupressora e anti-inflamatória é frequentemente necessária para controlar os sintomas e prevenir exacerbações. Quanto às intervenções cirúrgicas, estas são indicadas em casos específicos, como em complicações vasculares graves ou em lesões que não respondem ao tratamento convencional. A cirurgia pode ser necessária para tratar aneurismas, tromboses venosas ou outras complicações vasculares associadas. Além disso, em casos de úlceras genitais severas, a intervenção cirúrgica pode ser uma opção para aliviar a dor e prevenir infecções secundárias. Por fim, o manejo adequado da doença, combinando tratamentos médicos e, quando necessário, intervenções cirúrgicas, é fundamental para melhorar os desfechos e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos afetados por essa condição crônica.